Em greve desde a última terça-feira (17), os servidores públicos municipais dão continuidade ao calendário de mobilizações para chamar a atenção do Poder Executivo. No início da manhã desta sexta (20), as categorias fazem um protesto à porta da Secretaria Municipal de Economia (Semec), na Rua Pedro Monteiro, Centro da cidade, impedindo a entrada de funcionários.
Por telefone, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, informou àGazetawebsobre o protesto, motivado pela paralisação por tempo indeterminado.
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Os profissionais buscam um reajuste de 15,41% de reposição inflacionária. Porém, o Município sinalizou que o aumento possível é 3%, considerando a capacidade financeira, tendo em vista os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
"Queremos ser ouvidos pelo Município, porque a assessoria do prefeito disse que marcaria uma reunião conosco, desde terça-feira, e, até o momento, nada. Esperamos uma boa adesão dos profissionais. A insatisfação é grande", comentou Maria Consuelo.
Com o protesto, os servidores bloqueiam a entrada da Secretaria de Economia, impedindo, assim, a entrada de funcionários e clientes, como forma de alertar o poder público acerca da demanda que pleiteiam. Eles seguram faixas e gritam palavras de ordem na calçada do órgão público.

A GREVE
A greve dos servidores municipais de Maceió teve início na terça. A categoria se reuniu às 9h, no Clube Fênix, no Jaraguá, de onde saiu em passeata pelas ruas do Centro. No último dia 12, o sindicato que representa os profissionais protocolou ofício junto à Prefeitura, para informar sobre a decretação da greve após uma assembleia. A categoria pede 15,41% de reposição inflacionária.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió, Sidney Lopes, explicou que não houve nenhum diálogo positivo no intervalo entre o anúncio da greve e o início dela, o que obrigou os servidores a partir para a luta.
O presidente salientou que o Município não quer conceder o mínimo ao funcionalismo, que é a reposição inflacionária de três anos. Além disso, segundo ele, o embate gira em torno da implantação do data-base, que deveria ter ocorrido em janeiro deste ano, sendo implementado apenas em maio e sem nenhum retroativo.
O movimento unificado conta com representantes de diversos sindicatos, além de outros servidores, como guardas municipais, assistentes sociais e nutricionistas.