
Após o ex-namorado Marcelo Gusmão de Aguiar Vitório ser liberado da prisão nesta terça-feira (22), a empresária Mariana Maia publicou um vídeo nas redes sociais e afirmou que teme pela própria vida. O homem é acusado de incendiar o apartamento da mulher, no bairro Ponta Verde, em Maceió.
Emocionada, Mariana Maia destacou que, com a notícia da soltura, se sente presa dentro da própria casa e definiu a situação como injusta. Ela ainda pediu ajuda à Justiça de Alagoas e ao Ministério Público.
"Eu sinto que agora tenho que ficar trancafiada dentro de casa para que o Marcelo esteja em liberdade. O Marcelo não saiu com tornozeleira eletrônica. Eu não tenho botão do pânico. Ele pode sair do estado sem avisar por sete dias. Então, assim, de qualquer forma, ele tá livre, e eu que me sinto presa porque temo pela minha vida", disse a vítima.
A empresária ainda afirmou que está com medo e relembrou que o ex já tinha medida protetiva em favor de outra ex-namorada.
"O Marcelo já provou para todo mundo que é capaz de fazer qualquer coisa. Ele não teme nada. Ele não teme uma medida protetiva. Isso não vai me assegurar de nada. Inclusive, ele já teve uma medida protetiva contra outra ex e nunca temeu isso. Então, por que comigo ele vai temer? Uma pessoa que teve a coragem de fazer o que fez", pontuou Mariana Maia, que ainda completou: "Eu não quero virar estatística. Todos os dias vocês veem notícias de mulheres que são mortas. Eu não quero que isso aconteça comigo".
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Sobre a soltura de Marcelo, a promotora de Justiça do Ministério Público, Ariadne Dantas, explicou que houve uma falha técnica na remessa do processo. "Desde já, informamos que discordamos dos fundamentos postos na decisão judicial e adotaremos as medidas cabíveis para que o caso seja devidamente reapreciado."
Marcelo Gusmão foi indiciado por tentativa de feminicídio, violência psicológica, dano e incêndio. Ele se entregou à polícia no dia 18 de fevereiro, como suspeito de incendiar o apartamento da ex-namorada, ficando preso por dois meses.
As investigações apontam que o suspeito cometeu o crime para tentar impedir que a ex-companheira viajasse. No momento, a vítima não estava no local, mas dois familiares dela dormiam no imóvel.