Mais um protesto contra o aumento da passagem de ônibus foi realizado na tarde desta segunda-feira (6), no Centro de Maceió. Os manifestantes ocuparam parte do calçadão para chamar a atenção dos transeuntes para o aumento da tarifa - de R$ 3,65 para R$ 4,10, que já foi aprovado e está para ser sancionado pelo prefeito Rui Palmeira. Os manifestantes ressaltaram a qualidade do transporte ofertado e a situação das ruas da cidade que, segundo eles, estão esburacadas.
Sem atrapalhar o trânsito e nem a passagem das pessoas que estiveram no comércio de Maceió nesta segunda, os manifestantes conseguiram o apoio popular para a causa e muitas eram as reclamações dos populares para o aumento da passagem de ônibus na capital. Fazendo uso do microfone, representantes da Federação dos Moradores da Lagoa também estiveram presentes ao protesto e se posicionaram contra o aumento.
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Estudantes também reclamaram muito do reajuste que está para ser aprovado. "A maioria da população alagoana vive com um salário mínimo, e nós estudantes menos ainda, de bolsas. Mais duzentos reais de passagem por mês afeta muito o nosso orçamento", afirmou Juan Douglas Silva, estudante de Serviço Social. Ele se posicionou contra o controle total das empresas nos trâmites do transporte, que, para ele, deveria ser público.

O pedreiro José Agnaldo disse que faz uso do transporte público diariamente e classificou o reajuste como um absurdo. "É um absurdo, deveria baixar. Isso afeta muito a vida de um pai de família", destacou.
O estudante de Ciências Sociais Lucas Rocha do Nascimento considera que o transporte é precarizado. Ele é cadeirante e diz que, apesar de o ônibus cobrir suas necessidades especiais, o serviço não é compatível com o preço.
Tereza Carvalho também classificou como um absurdo o aumento da tarifa do transporte público.

"O aumento é um absurdo e extremamente abusivo. Os ônibus não oferecem nenhum conforto ou segurança para a população, e nós somos penalizados porque eles querem mais dinheiro. Pagamos R$ 4,10 em uma passagem de ônibus que faz trajetos curtos e com serviço precário", pontua Tereza Carvalho.
Mais protestos
Pela manhã, moradores do Litoral Norte de Maceió também protestaram, fechando a via e impedindo a passagem de veículos. Com faixas e cartazes, eles criticaram o reajuste.
Também houve mobilização no bairro do Benedito Bentes, na parte alta de Maceió.