Centenas de trabalhadores fizeram uma marcha, pelas ruas do centro de Maceió, na manhã desta sexta-feira (11), e pararam o trânsito na região, gerando um enorme congestionamento na cidade. Eles saíram em caminhada, programada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas, contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, antiga PEC 241, que tramita no Senado Federal.
Durante algumas horas, enquanto o ato público e pacífico ocorria, o tráfego na região ficou completamente parado. Da Praça Sinimbu, onde houve concentração nas primeiras horas da manhã, a multidão saiu em marcha pelas principais vias da região central da capital.
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Em frente a Praça dos Martírios, lideranças dos movimentos sociais fizeram uma discussão sobre os efeitos de uma eventual aprovação desta proposta no Congresso Nacional. Eles também fecharam a Rua João Pessoa (antiga Rua do Sol) por alguns minutos.

Ao longo do percurso, os manifestantes gritaram palavras de ordem e acusam o presidente Michel Temer (PMDB) de golpista, que teria, inclusive, a intenção de retirar direitos trabalhistas conquistados há anos no Brasil.
Os trabalhadores seguravam faixas com mensagens cobrando a manutenção dos investimentos públicos no País e bandeiras de diversos movimentos sociais que atuam em Alagoas. Os condutores foram obrigados a voltar pela contramão e subir pela Ladeira do Brito.
Cícero Lourenço, diretor da CUT e do Sindprev, afirmou que a PEC 241 (agora 55) representa um retrocesso para o país e ressaltou que os movimentos sociais são contrários à sua aprovação.
Segundo ele, além de achatar os salários dos servidores públicos, a PEC deve dificultar investimentos nas áreas de saúde educação ao longo dos próximos 20 anos.
Lourenço destacou que a manifestação deve durar até as 13h.
Além de integrantes de movimentos sociais, participam da mobilização trabalhadores rurais, estudantes e servidores públicos
Atos semelhantes a esse em Maceió ocorrem simultaneamente em várias partes do Brasil e com o mesmo propósito: resistir à aprovação da conhecida PEC do teto dos gastos. A proposta limitaria os investimentos públicos do governo federal pelos próximos 20 anos.

