No final da manhã desta terça-feira (13), em assembléia, os servidores públicos municipais de Maceió decidiram "recuar" no pleito que defende aumento e a reposição salarial, decidindo pôr um fim à greve que começou no dia 17 de julho deste ano. Neste período, a categoria manteve 50% dos servidores administrativos e 75% da educação.

Apesar da decisão, a categoria não está satisfeita e indicou que deve retomar a veemência nas solicitações em 2019. "Vamos planejar a campanha salarial de 2019. Temos que chamar todas as entidades sindicais para uma reunião ainda esse mês. Se não tiver reajuste vamos voltar a greve no início de janeiro", afirmou Sidney Lopes, presidente do Sindprev [Sindicato dos Servidores Público do Município de Maceió].
Leia também
A partir de segunda-feira (19), a categoria volta ao trabalho normalmente. Os servidores ainda vão comunicar oficialmente à justiça e a prefeitura.
Com o fim da greve fica definido que haverá o reajuste de 3% no salário dos servidores públicos, conforme a lei sancionada pelo prefeito Rui Palmeira em 24 de agosto. Até esta terça-feira a categoria não havia aceitado a decisão e manteve, desde o dia 17 de julho, o movimento paredista, que foi legalizado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Os trabalhadores defenderam direitos a reposição salarial anual com data-base em janeiro e de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O percentual pretendido era de 15,41%, referente às perdas da inflação acumuladas dos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017.
"Nós entendemos que esse momento é recuar. Porém, a partir de segunda-feira já nos organizamos para definir a data base de 2019", concluiu Maria Consuelo, presidente do Sinteal [Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas].
Por meio de nota àGazetaweb, a prefeitura garantiu que vai cumprir com o reajuste de 3%. Confira na íntegra:
A Prefeitura cumpre a proposta ofertada durante as negociações, pagando o reajuste salarial de 3%, estabelecido dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Município buscou o equilíbrio entre a pauta dos sindicatos e o que a Prefeitura pode conceder sem comprometer a administração, principalmente no que diz respeito ao pagamento pontual da folha salarial.