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Aluno incendeia o próprio corpo após perder bolsa na França

Jovem teve 90% do corpo queimado durante uma reunião de alunos

Para protestar e pedir melhorias na assistência estudantil, um aluno ateou fogo no próprio corpo durante reunião na última sexta-feira (8) em frente ao restaurante da universidade. Ele teve 90% do corpo queimado e está entre a vida e a morte no hospital

"Um gesto desesperado que diz muito sobre a nossa precariedade atual", disse outro aluno sobre o momento durante uma manifestação na manhã desta terça-feira (12) em frente à sede do restaurante universitário em Lyon.

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Passando por dificuldades financeiras - ele havia perdido a bolsa de estudos ao "triplicar" seu segundo ano na Universidade de Lyon 2 -, o jovem explicou seu gesto em uma mensagem lida nesta terça-feira por um outro estudante:

"Hoje eu cometerei o irreparável, se eu viso ao edifício do restaurante universitário, não é por acaso, estou buscando um lugar político", escreveu o aluno antes de passar para a ação.

No comunicado, o estudante imolado dizia que, mesmo quando tinha direito à bolsa de estudos, ela não era suficiente. Sua bolsa era de ? 450 (aproximadamente R$ 2.069).

Segundo o sindicato dos estudantes Solidários, que convocou manifestações em 40 cidades, esse gesto "extremo" ilustra uma situação de precariedade "comum".

"Não estamos imunes a outras tentativas de suicídio", disse um ativista, "exigimos uma posição pública do ministério".

"São dificuldades que muitos estudantes têm", diz Bastien Pereira Besteiro, professor da Universidade Lyon 2 e militante do sindicato Sul-Educação.

"As autoridades públicas devem assumir suas responsabilidades", diz o professor, completando que a precariedade é comum entre seus alunos.

Catar lixo

Sophie, uma estudante de ciências sociais do terceiro ano, foi à manifestação com uma placa, onde disse que havia sido "banida do restaurante universitário porque estava hospitalizada".

"Não pude comparecer a alguns exames e por isso acabei repetindo o ano, e o restaurante me cortou a comida", disse ela, contando ter que catar restos no lixo para comer e acumular vários empregos para pagar o aluguel.

Ao meio-dia, a manifestação transbordou no campus da Universidade Lyon 2 e a Reitoria anunciou o fechamento administrativo de todos os edifícios "devido a um bloqueio em andamento e a atos de vandalismo".

No sábado, Nathalie Dompnier, reitora da Universidade Lyon 2, disse à AFP que a instituição não estava ciente das "dificuldades pessoais" relacionadas ao aluno imolado.

Em Saint-Etienne, cidade da qual o estudante imolado é natural, 150 pessoas se encontraram nesta terça-feira. Um de seus primos saudou "seu ato heróico", dizendo aos participantes: "continue lutando, é o que ele quer".

No norte da França, cerca de 300 a 400 pessoas se reuniram ao meio-dia em frente a restaurante universitário de Lille, atrás de placas dizendo "Precariedade mata, solidariedade ganha vida". Os estudantes marcharam pelas ruas antes de entrar na faculdade de direito, onde impediram uma palestra de François Hollande sobre a crise da democracia.

Bate-boca na Assembleia Legislativa

"Sua política mata". Com esta frase, a deputada francesa Danièle Obono (A França Insubmissa, partido da esquerda radical) acusou nesta terça-feira (12), "políticas que vão contra os interesses sociais" do primeiro-ministro Edouard Philippe de levarem um estudante de Lyon à auto-imolação.

"Sr. primeiro ministro, a precariedade mata, ela é uma das consequências de suas políticas que vão contra os interesses sociais. Quantas mortes serão necessárias para o senhor colocar um fim nisso?", criticou violentamente a deputada durante a sessão de perguntas na Assembleia Nacional, dirigindo-se a Edouard Philippe.

Em sua resposta à deputada, o secretário de Estado encarregado da Juventude, Gabriel Attal, lamentou essa "tragédia" e lembrou que o governo estava trabalhando para melhorar a situação dos estudantes.

"Esse jovem acusa sua política; novas mortes acontecerão por causa dessa política, muitas pessoas já perceberam que você não está nem aí para as vidas delas, você prefere deixá-las morrer e continuar a designar migrantes e estudantes como bodes expiatórios ", respondeu Danièle Obono.

"Nós agimos, você está forçando a barra, seja um pouco responsável", lançou Gabriel Attal, sob os aplausos da maioria.

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