Começou nesta terça-feira (3) o julgamento do bilionário Elon Musk, acusado de difamar Vernon Unsworth, um espeleólogo que ganhou fama internacional por desempenhar um papel de liderança no resgate de 12 meninos e seu treinador de futebol da caverna Tham Luang Nang Non, na Tailândia, em julho de 2018.
Unsworth diz que Musk o rotulou falsamente como "pedófilo" no Twitter e deve pagar indenização por prejudicar sua reputação.
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O julgamento do juiz distrital Stephen Wilson, em Los Angeles, está programado para durar cerca de cinco dias. Musk deve testemunhar em sua própria defesa.
Nesta terça começou a seleção do júri. Musk não estava no tribunal e os possíveis jurados foram questionados sobre sua imparcialidade, incluindo se eles poderiam ser justos com um bilionário, como Musk, ou com pessoas que moravam na Tailândia, como Unsworth.
Um homem foi rapidamente dispensado depois de dizer que estava concorrendo a um emprego na Tesla. Duas mulheres foram consideradas inadequadas para formar o júri depois de dizerem que seguiam os Musk no Twitter e que, por isso, não poderiam ser imparciais.
O episódio em julgamento começou depois que Musk ofereceu um minissubmarino de sua empresa de foguetes SpaceX para ajudar no resgate da caverna.
Unsworth disse à CNN em 13 de julho de 2018, três dias após a conclusão do resgate, que a oferta era uma "manobra de relações públicas" e que Musk poderia "enfiar o submarino onde dói".
Dois dias depois, Musk atacou Unsworth em uma série de tuítes, incluindo um que o chamava de "pedófilo". Musk depois pediu desculpas por esse comentário, dizendo que era um insulto comum na África do Sul, onde ele cresceu. Unsworth nega as acusações de Musk.
Os advogados de Musk disseram que os tuítes eram opinião dele, não declarações de fato. Eles também disseram que Unsworth procurou lucrar com seu papel no resgate e provocou a resposta de Musk, sugerindo em entrevista que Musk não se importava com a vida dos meninos presos.