Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Jovem arrecada R$ 39 mil após pais cortarem faculdade por namorar negro

Pai nega racismo e diz que filha é mimada: 'precisa sair para o mundo e crescer'

A americana Allie Dowdle, de 18 anos, viu-se obrigada a recorrer ao financiamento coletivo para continuar seus estudos. Não por dificuldades financeiras, mas porque seus pais decidiram parar de sustentá-la depois que ela começou a namorar um negro. No site GoFundMe, Allie alega que a decisão dos pais foi tomada após uma tentativa dela de aproximar o companheiro da família.

"Como eu tenho 18 anos, meus pais decidiram não mais apoiar o meu futuro, me privando de todos os meus recursos, incluindo minhas economias pessoais, meu carro, meu telefone e minha educação, me deixando só para pagar pela faculdade", escreveu Allie.

Leia também

A iniciativa deu resultado. Em apenas dois dias ela arrecadou mais de US$ 13 mil, cerca de R$ 39 mil. No texto, Allie conta ter conseguido bolsas de estudo, mas mesmo assim faltariam US$ 10 mil para pagar os estudos deste ano. Ela também diz estar procurando emprego para sair da casa dos pais, na cidade de Memphis, nos EUA.

"Ainda não consegui um emprego porque não tenho um meio de transporte consistente disponível", escreveu a jovem.

Segundo o relato, ela começou a namorar Michael há cerca de um ano e, logo no início do relacionamento, mostrou aos pais uma foto do companheiro. A reação não poderia ter sido pior:

"Meu pai não me deu opção, ele disse que eu não poderia mais ver Michael", escreveu ela. "Por quê? Estritamente por causa da cor da pele. Eu não podia compreender como alguém poderia ser visto como menor por causa de pigmentos. Ainda não compreendo isso, e nunca serei capaz de compreender".

Mesmo com a proibição, o casal continuou se encontrando, "mas discretamente".

"Finalmente, há cerca de um mês, Michael e eu nos aproximamos dos meus pais, e a resposta foi muito mais drástica do que eu poderia esperar", disse Allie. "Tudo isso porque eu amo um ser humano, como eu fui ensinada a fazer. Como o meu amor por outra pessoa pode ser errado por causa da cor da pele?".

CRÍTICAS DE INTERNAUTAS

Em entrevista ao "New York Daily News", o pai, Bill Dowdle, dono de uma loja de artigos esportivos, confirmou que sua filha namorar um homem negro não era sua "preferência", mas negou ser racista e disse que a decisão de parar de bancar a filha não foi uma represália ao namoro com um jovem negro. Segundo ele, Allie pode namorar quem ela quiser, já que tem 18 anos, mas o relacionamento com Michael foi reprovado porque Allie o encontrava em segredo.

Segundo o pai, a decisão de cortar o dinheiro para a faculdade "nunca foi por causa de raça", mas porque Allie estava mimada e "se tornou óbvio que ela precisava sair para o mundo e crescer".

Nos comentários na página da campanha, muitos internautas criticaram a iniciativa da jovem Allie.

"Essa campanha é ofensiva. Dizer 'não' ao racismo não tem nada a ver com esta situação", escreveu uma internauta. "Mandar uma menina branca privilegiada para a faculdade que não consegue um emprego porque os pais tomaram o seu carro é absolutamente ridículo. Pegue um ônibus".

"Mandar uma garota branca de classe média para a faculdade não é lutar contra o racismo", escreveu outra. "Ser tratada como uma heroína por namorar um homem negro é que me parece racismo".

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas

X