Ao menos 27 civis morreram neste sábado (23) em novos bombardeios do regime sírio contra redutos rebeldes nas cidades de Alepo e Damasco, anunciaram os serviços de emergência e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Para o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, a trégua que entrou em vigor em 27 de fevereiro, estimulada por Rússia e Estados Unidos, "não existe mais", devido às várias violações do cessar-fogo cometidas pelos dois lados.
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Doze pessoas faleceram em bombardeios aéreos contra bairros rebeldes do leste da cidade de Alepo, norte do país, afirmou uma fonte local da Proteção Civil.
Ao noroeste de Damasco, 13 civis morreram em ataques aéreos das forças governamentais contra Duda, reduto do grupo rebelde Jaish al-Islam, segundo o OSDH.
E na província central de Homs, dois civis morreram em bombardeios contra a localidade rebelde de Talbiseh, de acordo com a ONG.
Sem trégua
Na sexta-feira, 25 civis morreram e 40 ficaram feridos nos ataques do regime em Aleppo, cidade dividida entre os rebeldes e as força pró-governo desde julho de 2012.
"A trégua não existe mais, acabou", disse à Abdel Rahmane. "Há bombardeios e combates em todo país, de Aleppo a Damasco".
O diretor do OSDH também mencionou "combates violentos" em Guta Oriental, perto de Damasco, entre rebeldes e forças pró-regime. Abdel Rahman afirmou que parou de contar a violações como a ONG fez na primeira semana de trégua, porque "agora é novamente guerra".
"Muitas regiões onde a trégua era respeita são novamente cenário de combates", disse. Nos últimos dias, a comunidade internacional também demonstrou inquietação com o futuro do cessar-fogo. A guerra na Síria deixou em cinco anos 270 mil mortos, segundo o OSDH.