Um acervo de valor histórico incalculável foi furtado do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), localizado no centro de Maceió, na madrugada desta segunda-feira (9).
Criminosos invadiram o local e levaram um quantitativo grande de peças em metal, incluindo medalhas e armas utilizadas pelos marechais em guerras que marcaram gerações, como a que ocorreu no Paraguai, e estavam guardadas no espaço.

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O secretário perpétuo do instituto, Álvaro Queiroz, informou que os bandidos tiveram acesso ao prédio pelos fundos, onde fica um terreno baldio. Eles arrombaram uma grade de ferro e o portão, por volta de 3 horas da madrugada, e conseguiram carregar o acervo.
Não há câmeras de segurança no interior do IHGAL, apenas na parte externa. Imagens captadas pelo equipamento flagraram pelo menos um suspeito, embora acredita-se que, pela quantidade de peças que foram furtadas, um bando foi o responsável pela investida.
A direção ainda está contabilizando as perdas, mas adianta que foram levadas diversas medalhas de bronze e cobre, além de espadas e revólveres usados pelos marechais Floriano Peixoto e Deodoro na Guerra do Paraguai. Os bandidos também furtaram um vasto arsenal histórico, que inclui pistolas, trabucos e bacamartes. Algumas armas foram deixadas pelo chão.

Várias salas do instituto foram reviradas e, por sorte, os criminosos não tocaram na coleção Perseverança, considerada a de maior valor histórico ali guardada. O material tem peças da época do dramático episódio conhecido como Quebra de Xangô, quando vários terreiros de candomblé foram destruídos por intolerantes religiosos.
A empresa de vigilância contratada pelo espaço confirmou que o alarme de segurança foi disparado duas vezes neste fim de semana, uma por volta de 6 horas da manhã desse domingo (5) e outra na madrugada desta segunda.

“A gente acredita que os bandidos vieram no domingo e só observaram o local, já que os vigilantes estiveram aqui e nada de anormal perceberam. Mas, os criminosos retornaram no dia seguinte para levar o acervo”, lamenta Álvaro Queiroz.
As imagens gravadas pelo circuito de segurança serão repassadas à polícia, que já foi acionada, na tentativa de identificar os suspeitos da ação. A Polícia Federal também será acionada, tendo em vista que muitas das armas furtadas pertenceram ao Exército Brasileiro.
