O delegado de Homicídios de Rio Largo, Lucimério Campos, responsável pela investigação do assassinato do empresário e líder comunitário daquele município, Kleber Malaquias de Oliveira, ocorrido na semana passada, classificou o crime como complexo e com muitos suspeitos.
Desde que o homicídio aconteceu, a autoridade policial não concede entrevistas à imprensa e revelou, àGazetaweb, na manhã desta segunda-feira (20), que vai manter esta postura até concluir a investigação.
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O inquérito foi instaurado por ele e, pelo prazo legal, tem 30 dias para ser relatado à Justiça. Obviamente que, se elementos ainda necessitarem ser esclarecidos, o delegado pode pedir a prorrogação da investigação.
"Vou usar o prazo de 30 dias para poder começar a falar [sobre o crime]", ressaltou Lucimério Campos. Ele limitou-se a dizer que considera que este assassinato tem nuances que o elevam ao patamar de complexidade.
Questionado sobre identificação de suspeitos, o delegado soltou que considera vários nomes como possíveis envolvidos na trama. Por outro lado, ele não quis adiantar se conseguiu imagens gravadas por circuitos de segurança que possam ajudar na identificação do assassino.
Como lideranças comunitárias do município acreditam que Kleber Malaquias foi vítima de pistolagem, devido à sua atuação em combate à corrupção na região onde mora, Lucimério Campos investiga se, por trás do executor, há um mandante com raízes fincadas na gestão pública, alvo de frequentes denúncias por parte da vítima.
'CRIME POLÍTICO'
Na semana passada, o líder comunitário de Rio Largo, Alex Fernandes, disse que não consegue pensar em outra possibilidade, a não ser em um crime praticado com conotação política. Amigo pessoal de Kleber Malaquias, ele acredita que a atuação combativa contra os desmandos no município foi o fator responsável pela morte do empresário.
Testemunhas contaram à polícia que o assassino estava sentado à mesa com outras pessoas, no mesmo bar, e aproveitou o momento em que o empresário se dirigiu ao banheiro para matá-lo. Após os disparos, o homem deixou o estabelecimento em um veículo Gol, de cor preta.
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