Antes mesmo de o Instituto Médico Legal (IML) informar a identidade do cadáver do sexo feminimo, encontrado nessa quarta-feira (20), enterrado em uma cova rasa, na grota do Ouro Preto, em Maceió, Vera Lúcia da Silva Santos diz ter certeza de que é o corpo da filha, de 19 anos. Mariana dos Santos está desaparecida desde o último domingo.
À espera do resultado da necropsia e do instante para fazer o devido reconhecimento, a mãe disse ter percebido, no corpo, uma tatuagem que a filha tinha em um dos braços.
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"É minha filha. Ainda não fiz o reconhecimento hoje, mas conheci pela tatuagem no braço. Ontem, fui ao local onde acharam o corpo dela e é ela sim", garantiu Vera Lúcia Santos.
Ela diz que não sabe o que pode ter acontecido. A filha não conversava muito com ela, mas a mãe sabe que a garota era usuária de drogas e estava grávida de dois meses. A mãe conta que ficou sabendo da situação após um amigo da família bater na porta e contar que tinha ouvido o boato de que a menina tinha sido sequestrada e seria morta.
"Me disseram que uns caras pegaram ela. Ela disse que estava grávida e eles disseram que se estivesse não matariam. Disseram que iam fazer um teste, mas não deve ter acusado porque ela já tinha urinado. Aí arrancaram a cabeça dela e torturaram muito", especula.
Vera Lúcia afirma que não tem ideia de quem eram essas pessoas que pegaram a jovem e cometeram a barbárie. Ela diz que estava dormindo quando recebeu a notícia do desaparecimento.
"Desde então estou arrasada e agora ainda mais, porque uma morte de um filho é um pedaço da mãe que eles levam. Foi um pedaço meu que levaram"

O corpo encontrado nessa quarta-feira estava em um grota e a mãe foi lá após ser avisada pela polícia.
"Ela não me falava nada. Sei que ela era usuária de drogas, mas não devia. Quando eu recebia dinheiro dava a ela; todo mês um pedacinho eu dava. Quando precisava também de 5, 10 reais eu dava que era pra ela não pegar as coisas de ninguém". A mãe disse que a menina usava rufinol e cocaína. Depois de ter engravidado do primeiro filho, parou e ficou usando apenas maconha.
A menina foi presa uma vez junto com um rapaz que conheceu na internet. "Ela se envolveu com um cara em Arapiraca e foi presa, passou um mês. Conheceu ele pela internet e foi para Arapiraca. Quando chegou lá a polícia já estava atrás dele. Ela chegou na segunda e foi presa na terça", lembrou a mãe.
O IML faz exame de necropsia e necropapiloscopia para tentar a identificação da vítima.