A Polícia Civil já confirmou a participação de uma facção criminosa no homicídio do jovem Luciano dos Santos Medeiros, 16 anos, cujo corpo encontrado no final do mês passado na Lagoa Mundaú, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. Antes da morte, o adolescente foi torturado e teve um dedo e as orelhas decepadas.
Segundo a delegada Rosimeire Vieira, uma das responsáveis pelo caso, um vídeo do momento do assassinato deixa claro o envolvimento de uma organização do tipo. "Isso já é um fato. O vídeo deixa claro que os autores do crime agiram em nome de uma facção. Eles deixam isso muito claro, que esse foi o motivo do crime", diz.
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A delegada acrescenta ainda que as autoridades policiais já têm os possíveis nomes dos responsáveis. "Já temos alguns nomes, o indicativo de autoria, e estamos checando. Em breve teremos maiores resultados", aponta ela, ressaltando que não há indícios da participação de Luciano em grupos criminosos.
"Não temos nada que comprove o envolvimento dele. O que podemos afirmar é que os autores agiram em nome de uma facção criminosa. Se o Luciano fazia parte ou não é algo que vai ser melhor checado. O que pode ter acontecido é algum engano. Existe a possibilidade de ele ter sido confundido com alguém, isso não podemos descartar".
De acordo com Rosimeire Vieira, o adolescente não tinha passagens pela polícia. Também não foram encontrados indícios do envolvimento dele com qualquer atividade ilícita. A vítima foi levada do Mercado da Produção, local onde ele estava na tentativa de vender cobre, conforme afirma a família.
Trabalhadores do local estão sendo ouvidos, assim como o cunhado do jovem, que estava com ele no momento da abordagem. "Estamos dando andamento às investigações e, inclusive, reinquirimos o cunhado, que é a principal testemunha. Ouvimos algumas pessoas que trabalham no Mercado na tentativa de colher mais elementos".
Luciano desapareceu no dia 27 de agosto, quando foi raptado nas proximidades da Levada. O cunhado foi liberado e voltou para casa no mesmo dia. Já o corpo do adolescente foi encontrado três dias depois, localizado por pescadores na Lagoa Mundaú.
O inquérito sobre o crime está com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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