O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, esclareceu nesta sexta-feira (19) que as remoções de delegados de polícia são atos administrativos de rotina e, no caso dos mais recentes remanejamentos, foram sugeridos em ofício, datado de 18 de agosto (quinta-feira), pelas gerências de Polícia Judiciária do Estado, que, em algumas delas, também sofreram mudanças de comando.
"As justificativas apresentadas pelos gerentes são diversas, mas objetivas e se apresentam imparciais", disse Paulo Cerqueira.
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O delegado-geral, no despacho que fundamentou as mudanças, inclusive das gerências, afirmou que estas se basearam no interesse público, visando minimizar os índices de criminalidade, e foram pautadas por uma nova gestão de governança, buscando oferecer uma prestação de serviço público com mais excelência. Ao todo, 19 delegados estão sendo remanejados dentro da estrutura da Polícia Civil.
"Cada servidor foi remanejado para assumir seus trabalhos em unidades policiais de forma pensada e estratégica, a fim de construir novas conduta e forma de combater a violência no Estado de Alagoas", acrescentou.
No caso específico da delegada Fabiana Leão, que será substituída na 1ª Delegacia Especializada dos Direitos da Mulher de Maceió pela delegada Paula Mercês, o delegado-geral explicou que a nova delegada já foi titular daquela unidade policial, tendo também vasta experiência nas questões relacionadas ao combate à violência contra a mulher.
Cerqueira ressaltou, ainda, que a proposta apresentada por Fabiana Leão para o funcionamento das delegacias da mulher por 24 horas é boa e já vem sendo estudada pela direção da PC. Mas, no momento, ainda aguarda o ingresso de novos policiais civis para que possa ser implementada.
Paulo Cerqueira salientou que foi responsável pela designação de Fabiana Leão, em 2012, para responder pela 1ª Delegacia da Mulher.
"Todos os atos deste delegado-geral são pautados em perfeita consonância com os ditames legais, sendo sempre aplicados os princípios administrativos que permeiam a administração pública, sobretudo, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. E não há qualquer ato arbitrário e/ou escuso praticado por este gestor no ato de remoção", completou o delegado-geral.
O secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, enxerga com naturalidade as mudanças feitas em qualquer instituição cuja gestão com sua autonomia administrativa perceba a necessidade de fazê-las.
"As trocas permitem que as pessoas substituídas e as substitutas passem por novas experiências e, dessa forma, oxigenem a desenvoltura das atividades, fortalecendo um projeto coletivo. Faz-se necessário mudar, e isso ocorre em todas as instituições. Ocorreu na Policia Civil, ocorre na Militar, no Corpo de Bombeiros e deve ser avaliado como ação rotineira e natural sem nenhum outro tipo de justificativa", ressaltou Lima Júnior .