A deputada federal licenciada da Câmara, Tia Eron (PRB), foi exonerada do cargo de secretária Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) nesta quinta-feira (19), conforme publicado no Diário Oficial do Município (DOM).
O G1 tentou, mas não conseguiu contato com Tia Eron para saber se a exoneração ocorreu a pedido dela. A prefeitura não informou o motivo pelo qual ela foi exonerada. Conforme fontes ligadas ao município, a exoneração de Tia Eron é temporária, mas não há detalhes de quanto ela retornará ao cargo.
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Com a saída da Semps, ela reassume o mandato na Câmara cerca de cinco dias antes da votação da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), prevista para ocorrer no dia 25 deste mês.
Com a volta de Tia Eron à Câmara, o deputado Marcos Medrado (PODE), membro da oposição a Michel Temer, perde espaço na Casa. Já com relação à pasta municipal, quem assume enquanto Eron estiver afastada é a subsecretária Lílian Almeida.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou na quarta-feira (18) o parecer do relator, Bonifácio Andrada (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia. Contudo, a palavra final sobre o prosseguimento ou não do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF) cabe ao plenário da Casa.
Parte dos ministros também devem voltar à Câmara na sexta-feira (20), enquanto outros deverão retornar na próxima semana para votar contra a denúncia. Estratégia semelhante foi usada na votação da primeira denúncia.