O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) divulgou nota nesta segunda-feira (4) na qual nega que tenha apresentado o presidente Michel Temer ao doleiro Lúcio Funaro, que é suspeito de ser operador de políticos do PMDB. Preso desde junho de 2016, Funaro se tornou delator da Lava Jato.
A nota é uma reação à notícia divulgada no sábado (2) pelo Blog da repórter Andréia Sadi, do G1 e da Globonews. O Blog obteve informações de que o operador Lúcio Funaro já esteve pessoalmente com Temer.
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Diante dessas informações, o Palácio do Planalto disse, oficialmente, que o presidente pode, de fato, ter conhecido Funaro no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Segundo as fontes, o doleiro foi levado por Cunha, quando este ainda não era presidente da Câmara e pegaria uma carona no voo da Força Aérea Brasileiro (FAB), que atendia ao então vice-presidente Temer.
De acordo com o Planalto, se a ocasião a que as fontes se referem foi essa, tratou-se, então, de um encontro rápido, em que Temer e Funaro apenas foram apresentados e se cumprimentaram. O palácio não soube, contudo, precisar se foi mesmo Eduardo Cunha quem apresentou Lúcio Funaro a Michel Temer.
O Palácio do Planalto disse ainda que Temer nunca viajou com Funaro e que não há registro de outras possibilidades de encontros.
Nesta segunda-feira, da cadeia, em Curitiba, Eduardo Cunha disse na nota que nunca esteve ao mesmo tempo com Lúcio Funaro e Michel Temer.
Afirmou que, se em algum momento, o doleiro o foi apresentado a Temer, não foi por intermédio dele, Eduardo Cunha.
O deputado cassado disse ainda que já foi de carona, com Lúcio Funaro, para o aeroporto de Congonhas, mas, conforme Cunha, é impossível ter encontrado Temer nessa ocasião, já que o acesso do vice-presidente é reservado.