A polícia aguarda a conclusão do laudo que vai apontar se Maria Luiza da Silva, de 38 anos, teve culpa na morte do filho - um bebê de apenas 23 dias - para dar continuidade a investigação. A previsão é que o documento deve ficar pronto entre 15 e 20 dias úteis. Na manhã desta terça-feira (18), ela prestou depoimento e afirmou que sofreu uma crise epilética.
Maria Luiza alegou que estava sem tomar o remédio para epilepsia, pois ele estava em falta no posto de saúde, e disse não lembrar do que aconteceu na última quinta-feira, quando a criança foi encontrada morta.
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De acordo com a conselheira Ruth de Moura, primeira pessoa a chegar no local, Maria da Silva não teve culpa da morte da criança. Segundo ela, o pai da do bebê chegou à porta dela às 5h30 para contar o que tinha acontecido.
"Ele bateu a minha porta desesperado, me dizendo que a mulher tinha convulsionado. Ela ainda estava sem saber o que tinha acontecido e o bebê estava perto dela. Foi uma tragédia. Ela não teve a intenção de fazer isso. Estava sem tomar o remédio e já na maternidade teve uma crise, caiu até da cama".

O delegado Valdor Coimbra disse que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não chegou e que, devido a isso, não pode da continuidade as investigações. "Ele é que vai mostrar se realmente foi uma fatalidade ou não, se houve dolo ou não. Se houve dolo, o caso será encaminhado para a delegacia de homicídios. Se não, fica aqui. Mas acredito que não houve a intenção", ressaltou.
De acordo com o delegado, o pai disse em depoimento que estava bebendo e que acabou dormindo. Foi durante esse período, segundo ele, que teriam acontecido as convulsões. "O pai disse que estava bebendo e dormiu. Ele acha que a esposa teve uma crise convulsiva nessa hora e ficou por cima da criança, porque quando ele acordou ela já estava roxa".