Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Mourão diz que opositor do governo no Inpe divulga dados sobre queimadas

Na semana passada, Mourão já havia reclamado de 'contradição' em números do Inpe que apontam alta nas queimadas

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (15), sem citar nome ou provas, que "alguém" no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que faz "oposição" ao governo do presidente Jair Bolsonaro prioriza a divulgação de dados negativos sobre queimadas.

Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, deu a declaração ao comentar dados sobre queimadas na Amazônia registrados pelo sistema do Inpe, cujos número são abertos para consulta pública.

Leia também

Segundo o instituto, as duas primeiras semanas de setembro de 2020 (até dia 14) registraram mais focos de queimadas do que todo mês de setembro de 2019 - 20.486 contra 19.925.

Segundo o vice, o governo está "no campo combatendo isso aí", se referindo às queimadas, e os números "têm que melhorar". Em seguida, indagado sobre uma divergência nos dados sobre queimadas citados por ele na semana passada, Mourão reclamou da divulgação de dados negativos e afirmou que um opositor do governo Bolsonaro dentro do Inpe está agindo para tornar essas informações públicas.

"Eu recebo o relatório toda semana. Até dia 31 de agosto, nós tínhamos 5 mil focos de calor a menos do que 31 de agosto do ano passado, entre janeiro a agosto. Agora, o Inpe não divulga isso. Por quê?", indagou o vice-presidente.

Mourão acrescentou: "Não é o Inpe que está divulgando, é o dr. Darcton [Policarpo Damião] lá, que é o diretor do Inpe, que falou isso? Não. É alguém lá de dentro que faz oposição ao governo. Eu estou deixando muito claro isso aqui. Aí, quando o dado é negativo, o cara vai lá e divulga. Quando é positivo, não divulga".

Questionado sobre quem seria o responsável por divulgar os dados negativos, Mourão disse não saber. Ele declarou não ter suspeitas do nome do suposto opositor do governo dentro do Inpe.

"Eu não sou o diretor do Inpe, então eu não sei [quem é o opositor]."

O Inpe informou que não vai comentar as declarações do vice-presidente. O pesquisador Gilvan Sampaio, responsável pela área do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que monitora as queimadas no Brasil, disse que "jamais faria manipulação de dados". Ele afirmou ainda que o Inpe enviou na sexta-feira (11) um "esclarecimento" ao gabinete de Mourão.

"Contradição"

Na semana passada, Mourão reclamou sobre os dados do Inpe ao ser questionado a respeito de uma reportagem do jornal "O Globo", que mostrou que o instituto detectou que o número de focos de calor registrados na Amazônia entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano foi o maior para o período desde 2010 - 56,4 mil, alta de 6% em relação ao mesmo período de 2019.

Mourão disse que o Inpe estava "se contradizendo", já que os dados que ele recebeu indicavam redução nas queimadas. Entretanto, os dados citados por Mourão cobriam um período mais curto que o informado na reportagem: entre 1º de janeiro e 31 de agosto.

"Eu vi essa notícia ali que você está comentando e digo, ora, pô, então está em desacordo com o que eles mesmos me mandam", disse Mourão.

Em agosto, o sistema de monitoramento do Inpe indicou que a Amazônia teve 29.307 registros de queimadas. Houve uma queda de cerca de 5,2% em relação a agosto do ano passado, quando foram registrados 30,9 mil focos de calor.

O número, entretanto, foi 12,4% maior que a média histórica registrada para o mês, que é de 26.082 focos, e o segundo maior registrado desde 2010.

As queimadas na Amazônia continuam mesmo depois de um decreto do Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicado no dia 16 de julho (e que começou a valer na mesma data), que suspendeu por 120 dias o uso de fogo em ambos os biomas.

O texto diz que a proibição se aplica "no território nacional", apesar de determinar que "ficam autorizadas as queimas controladas em áreas não localizadas na Amazônia Legal e no Pantanal, quando imprescindíveis à realização de práticas agrícolas, desde que autorizadas previamente pelo órgão ambiental estadual".

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas

X