Familiares de reeducandos do sistema prisional de Alagoas voltaram a protestar, na tarde desta quarta-feira (9), após não conseguirem fazer a entrega das feiras. A BR-104 foi fechada em frente à entrada do Complexo Penitenciário de Alagoas, no sentido Aeroporto. Os familiares alegam que policiais penais demoraram a iniciar a entrega dos alimentos. Por causa do protesto, a rodovia ficou congestionada nesta tarde.
A entrega dos mantimentos e as visitas foram liberadas após determinação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), diante dos inúmeros protestos realizados por familiares. Mas nesta quarta, segundo os manifestantes, os agentes não deixaram entrar boa parte dos mantimentos que foram levados. A Secretaria de Estado da Ressocialização de Alagoas (Seris) informou que certos mantimentos não podem ser distribuídos no sistema por razões de segurança. Esses itens estariam especificados em portaria.
Leia também
Familiares reclamam que as entregas estavam previstas para iniciar às 8 horas da manhã e se estender até o meio dia, mas os policiais penais somente começaram a distribuir os alimentos às 10h30. Poucos itens teriam sido entregues de fato, devido ao tempo para aferir temperatura e conferir a entrega.
Além da demora na entrega, os parentes reclamam que os policiais negaram acesso a pessoas que integram o grupo de risco da Covid-19, como gestantes e idosos. A entrega do alimento teria começado por internos considerados "preferenciais", como idosos.
Em nota, a Seris informou que os familiares tentaram entregar alguns tipos de alimentos que não estão liberados na portaria, de número 595/2020, que regula as entregas no sistema prisional. A Secretaria também orientou que pessoas do grupo de risco, como idosos, evitem ir até os complexos penitenciários, delegando a entrega para um outro familiar.