O principal telejornal do País está comemorando 50 anos e Alagoas também tem o que comemorar. O jornalista Filipe Toledo, que comanda oAL2, aqui, naTV Gazeta, apresentará o Jornal Nacional (JN) na noite deste sábado (16) ao lado da jornalista Luzimar Collares, da TV Centro América, afiliada da Globo no Mato Grosso. E já nesta sexta, Filipe e a colega do MT serão apresentados ao público no último bloco do telejornal.
O feito tem sido motivo de grande expectativa para Filipe e também para os alagoanos.
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A ideia da Globo foi valorizar os profissionais de seus telejornais locais. No ar desde 1969, com a intenção de integrar todo o Brasil, o JN cumpre a sua missão diariamente, sendo o telejornal de maior audiência da televisão brasileira, chegando a atingir uma média de 30 pontos (cada ponto equivale a 248.647 domicílios) no Painel Nacional de Televisão (PNT), segundo aferição da Kantar Ibope Media - braço do Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística que faz o levantamento da audiência televisiva.
Com tanto público, é natural o nervosismo. Apesar de estar na apresentação do principal telejornal local de Alagoas desde 2015, imaginar-se em rede nacional não é tarefa fácil. "Tem um iceberg dentro do meu estômago", aponta Filipe.
Somado a isso, ele tem algumas histórias que marcaram sua relação com o Jornal Nacional. "Quando fiz Jornalismo, a minha tarefa quando chegava da universidade era decupar tudo que era feito no Jornal Nacional. Ele sempre foi a minha referência. O que os apresentadores falavam, o texto dos repórteres, tudo. Escutava a linguagem e queria entender como aquilo era feito, pois sempre o considerei uma excelência", conta.
A relação com o telejornal sempre representou um momento de concentração na vida de Toledo, desde criança. "Eu tinha pavor, a minha mãe sempre me colocava para estudar após a novela; o Jornal Nacional sempre representava esse momento", confidencia.

Notícia especial
Filipe é formado em jornalismo há 15 anos, 14 deles na equipe da TV Gazeta de Alagoas. Aos 40 anos, ele é um espelho para muitos estudantes da área, uma vez que, além da apresentação do AL2, também é chefe de redação.
Foi durante o trabalho, inclusive, que chegou uma notícia diferente das que ele está acostumado a receber e transmitir ao público alagoano. "Estava trabalhando. No meu celular tinha uma ligação não atendida, mas eu só percebi quando cheguei no camarim para ir à reunião de produção, que a gente faz todos os dias depois de telejornal. Vi o celular vibrando de forma insistente, e quando celular de jornalista toca assim a gente acha logo que é uma notícia ruim, que pode ser uma tragédia. Mas a notícia era positiva", brincou o âncora, acrescentando que a primeira pessoa a quem deu a notícia foi a diretora de Jornalismo da emissora, Maria Goretti. Em seguida, conversou com a mãe.
Resposta do público
Sua presença no JN logo mais gerou expectativa no público alagoano. Acostumada a assistir Filipe no AL2, a estudante de jornalismo Darlanny Ribeiro destaca a importância da ocasião. "Acho uma oportunidade incrível para representar o povo alagoano em rede nacional, o sotaque e a simpatia do nosso estado. E também mostrar um jornalista que há muito tempo está conosco, levando as notícias para os lares no jornal da noite e agora tem a oportunidade de mostrar o seu excelente trabalho para todo o país. Espero que seja um momento de reconhecer o potencial de Alagoas", comenta.
O apresentador também sentiu a expectativa dos alagoanos nas ruas. "Tive o prazer de ir à Bienal do Livro, que estava acontecendo em Jaraguá, e tive esse retorno das pessoas. O povo de Alagoas entendeu que não sou eu que estarei lá e sim Alagoas que estará na bancada do Jornal Nacional. A gente preparou o material muito bonito", finaliza.