Após pouco mais de uma semana de vacância, parece que o comando da Polícia Federal (PF) terá um novo chefe. O delegado Rolando Alexandre de Souza, subordinado de Alexandre Ramagem e ex-superintendente da PF em Alagoas, deve ser o novo diretor-geral da corporação. A aposta anterior de Jair Bolsonaro, o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, foi suspensa pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Rolando Alexandre de Souza é natural do Rio Grande do Sul, mas já fez passagens importantes por alguns estados brasileiros. Sua passagem pela superintendência da Polícia Federal em Alagoas, entre 2018 e 2019, por exemplo, ficou marcada pelo combate à corrupção e ao tráfico de drogas.
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Em entrevista àGazetaweb,na ocasião de sua posse em Alagoas, ele já reforçava as características principais de seu trabalho. "A intenção sempre é avançar, diminuindo a criminalidade, combatendo os desvios, e tentando fazer com que o dinheiro chegue onde tem que chegar, ou seja, que o dinheiro da Educação e da Saúde chegue à escola e ao hospital para que tenhamos uma sociedade melhor daqui a um tempo", contou o delegado.
Além de ter comandado a Polícia Federal em Alagoas, ele já foi chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência em Rondônia.
Ademais, Rolando foi um dos principais responsáveis pelo banco da dados conhecido como Atlas, que contém informações estratégicas para facilitar investigações da PF.
Aos olhos de muitos, a chefia de Rolando Alexandre de Souza será um mandato-tampão para o outro Alexandre, o Ramagem, nome que, dificilmente, será deixado de lado pelo presidente Bolsonaro. Souza substitui Maurício Valeixo,exonerado do cargo no último dia 24.