O senador por Vermont e ex-pré-candidato democrata Bernie Sanders anunciou nesta segunda-feira (13) seu apoio a Joe Biden nas eleições americanas deste ano, nas quais o atual presidente, Donald Trump, disputará sua reeleição.
Com o fim da campanha de Sanders, anunciado na terça passada (7), e seu endosso a Biden, o ex-vice-presidente de Barack Obama se consolida definitivamente como o candidato democrata que enfrentará Trump.
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O anúncio foi feito durante uma transmissão ao vivo que contou com a presença dos dois democratas.
"Seu apoio significa muito", disse Biden a Sanders, quando os dois apareceram lado a lado no site da campanha de Biden. Ele se referiu a Sanders como "a voz mais poderosa para uma América justa".
A decisão do senador é um forte contraste com 2016, quando ele esperou até a véspera da Convenção Nacional Democrata para apoiar a então indicada, Hillary Clinton.
Sanders foi o último competidor de peso a desistir em uma campanha que começou com mais de 20 nomes, ainda no ano passado.
O senador decidiu retirar sua candidatura após as primárias do estado de Wisconsin. Ele sofreu seguidas derrotas em etapas anteriores.
Embora atue na política desde os anos 1980, Sanders apostou na imagem de nome fora do sistema, principalmente por causa de suas posições consideradas radicais nos EUA.
Sua plataforma teve apelo especialmente entre os jovens e ganhou ecos no movimento progressista que se intensificou no Partido Democrata após as eleições legislativas de 2018, tentando levar a legenda mais para a esquerda.
Um dos desafios de Biden agora será conquistar o apoio desse grupo ?pesquisas mostram seus índices de popularidade entre os jovens são baixos.
Em seu discurso de despedida, na última terça, Sanders relembrou que foi capaz de realizar uma campanha presidencial sem apoio dos "ricos e poderosos" ?uma de suas bandeiras? valendo-se de 10 milhões de doações com média de US$ 18 (R$ 93) por pessoa.
O senador também reafirmou suas propostas para ampliar o acesso ao sistema de saúde. Segundo ele, já antes da pandemia de coronavírus os americanos vinham percebendo que é necessário adotar um modelo unificado para todos os cidadãos, em vez do atual, baseado em seguros privados.