Representantes do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), de órgãos ambientais, de secretarias municipais e estaduais e do Conselho Regional de Engenharia (Crea), fizeram, nesta quarta-feira (31), uma inspeção no aterro sanitário de Maceió após denúncias de irregularidades.
De acordo com o promotor de Justiça Alberto Fonseca, um engenheiro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) atestou que a situação das lagoa é segura, diferente do que circulou nas redes sociais nos últimos dias. "Pelo que foi constatado até agora não existe problema ou risco de rompimento dessas lagoas", assegurou o engenheiro Maurício Malta
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A inspeção se dá após o flagra e prisão em flagrante feito pela Polícia Civil de Alagoas, de caminhoneiros contratados pela Estre, empresa responsável pelo aterro, despejando chorume às margens de uma rodovia em Rio Largo, ao invés de levar o material para ser tratado no Recife.

O representante da Estre, Daniel Sanchez, afirmou que a empresa recebeu a notícia com "extrema surpresa e revolta", mesmo sendo responsável por contratar os caminhões. Segundo Daniel, os caminhoneiros presos começaram a realizar serviços para a Estre em março deste ano. "É de nosso total interesse elucidar os fatos e acionar judicialmente o responsável", afirmou Sanchez.
O representante da Estre negou que o transporte do chorume para Recife estaria sendo feito para esvaziar as lagoas do aterro, e que supostamente ameaçam romper. Segundo Sanchez, o procedimento é normal. "Não há nada fora da normalidade. Está tudo sob controle", garantiu.
MORADORES APROVEITARAM PARA PROTESTAR
Vizinhos do aterro sanitário de Maceió, os moradores do conjunto 1º de julho, no bairro Benedito Bentes, aproveitaram a presença das autoridades e da imprensa no local para protestarem contra o mau-cheiro, poluição, e chorume que, segundo eles, fica acomulado na pista. De acordo com os manifestantes, o poder público prometeu fazer melhorias na comunidade com a instalação do aterro no local, mas, não o fez.
