Nesta quarta-feira (10), o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, deixou o Complexo Médico-Penal, em Curitiba, onde estava preso desde julho de 2017. De acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Bendine deixou o complexo por volta das 17h.
Ele deixou a prisão após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinar, na noite desta terça-feira (9), a soltura do executivo.
Leia também
Como medidas cautelares para a saída, o STF impôs que Bendine entregue o passaporte, não deixe o país e não se comunique com outros investigados.
Na decisão, por três votos a dois, o STF considerou que o tempo de prisão provisória foi alongado e que está sendo usada como antecipação de pena.
De acordo com os ministros que votaram pela soltura, a condenação de Bendine em primeiro grau não teve decisão em segunda instância.
Ele foi condenado em março de 2018 em primeira instância pelo então juiz Sérgio Moro a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
"Fico feliz com a colocação dele em liberdade como resultado de um trabalho árduo e justo", disse o advogado Alberto Toron.
Investigações
Bendine foi acusado de receber em 2015 R$ 3 milhões em propina da Odebrecht para facilitar contratos entre a empreiteira e a Petrobras.
Segundo o Ministério Público, quando comandava o Banco do Brasil, Bendine pediu R$ 17 milhões à Odebrecht para beneficiar a empresa, mas não recebeu o valor.