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José Ataíde, 68 anos: segurando as oportunidades que a vida oferece

Ele foi goleiro de CSA, Santa Rita e São Domingos, já vendeu livros e agora ganha seu sustento como motorista por app


			
				José Ataíde, 68 anos: segurando as oportunidades que a vida oferece
José Ataíde, 68 anos, já vestiu a camisa do CSA, jogando na base. Ailton Cruz

Ex-goleiro do CSA, José Ataíde, 68 anos, já vestiu a camisa do Azulão, jogando na categoria de base e, profissionalmente, defendeu times como São Domingos, Comercial (Viçosa), Santa Rita (Boca da Mata) e Ferroviário. Também fez teste na Portuguesa Santista, com o então técnico Oswaldo Brandão. Mas hoje ganha a vida como motorista por aplicativo.

Em sua atual profissão de motorista de Uber, José Ataíde foi chamado pela jornalista Iracema Ferro, que se interessou pela história dele e o fez personagem da reportagem do jornal Golaço.

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“Eu estava indo a um evento e chamei um Uber. Como de costume, abri o perfil do motorista para ver a foto e poder conferir na hora que ele chegasse. Abaixo da foto chamou a atenção uma frase: ‘Fui jogador de futebol e era destaque na minha posição’. Fiquei curiosa e já entrei no carro puxando assunto”, disse Iracema, à Gazetaweb.

“O papo seguiu descontraído e eu percebi que se tratava de um personagem perfeito para uma pauta. Pedi o contato dele e disse que ia sugerir a pauta ao Golaço. Creio que ele nem tenha colocado muita fé que eu ia levar a promessa adiante, mas não esqueci do Ataíde, porque tinha muito amor no que ele falava sobre o futebol, tinha respeito e lições sobre paciência, resiliência, humildade e trabalhar com excelência, independente do que se faz”, prosseguiu a jornalista.


			
				José Ataíde, 68 anos: segurando as oportunidades que a vida oferece
Ataíde agora ganha a vida como motorista de Uber. Ailton Cruz

E foi assim que Ataíde foi personagem do Golaço e, agora, da Gazetaweb. Inclusive, quando conversou com a nossa reportagem, ele estava no Recife, tinha ido fazer uma corrida com alguns passageiros no Uber. E disse: “Eu tô saindo agora do Recife. Trabalho com aplicativo e eu vim trazer aqui um pessoal”.

Quando teve condições de conversar com a Gazetaweb, após voltar de Recife, Ataíde revelou que quando estava no auge da carreira, defendendo as cores do Santa Rita, foi tricampeão do Campeonato Matuto, competição considerada a Segundona do Alagoano, entre 1970 e 1980. Também conhecido como Beinha, ele citou que começou no futebol jogando na base do CSA. “Mas não joguei no time profissional do CSA, de jeito nenhum”, disse. “Fui campeão pelo Azulão, mas pelo time master”, emendou.

Ataíde é casado e tem três filhos, um deles (Rodrigo, que atuava como zagueiro) começou a jogar futebol, quando foi para o juniores do já extinto Corinthians Alagoano, que quis levá-lo para o Flamengo. Até o Confiança-SE teve interesse nele. “Mas ele não seguiu carreira porque um dia, brincando com os amigos, quebrou o braço esquerdo e o plano não vingou”, revelou.

Depois que deixou a vida de jogador profissional e de empregado de uma usina lá em Boca da Mata, Ataíde foi vender livros. “Era a profissão do momento. Vender livros em escolas e pelas casas me garantia um bom salário. Comecei a ganhar a vida vendendo livros e revistas, entre elas, a Placar, onde eu sonhava ver a minha história”, disse, ao jornalista Marcelo Alves, do Golaço.


			
				José Ataíde, 68 anos: segurando as oportunidades que a vida oferece
Beinha, como é chamado, conta que também foi vendedor de livros. Ailton Cruz

Vendedor de livros

Após o surgimento da Internet, a venda de livros caiu, pois as pessoas passaram a se interessar pelos sites, por livros online. Então, Beinha foi trabalhar como taxista. “Comecei a trabalhar no táxi, mas ainda tentava vender os livros que sobraram, mas as pessoas queriam comprar por um valor muito baixo”.

Foi no automóvel utilizado como táxi que ele começou a vender os livros que ainda lhe restaram. “Quando o passageiro entrava, eu sugeria que escolhesse um livro para ler. Quando terminava a corrida, doava o livro para ele. Esse gesto, inclusive, chamou a atenção da imprensa local e eu saí até na TV, no jornal e no rádio”, disse, com orgulho.

E eis que surge mais uma revolução tecnológica: o aplicativo Uber, que hoje em dia vem tomando o espaço e concorrendo com os taxistas. E Beinha, mais uma vez, mudou de ramo. “Passei a trabalhar no Uber, para garantir o meu sustento. Faço o meu horário”, revelou.

E finalizou acrescentando que ainda tem um tempinho de sobra para bater uma bolinha, sua paixão, em uma equipe de master. “Jogo nos veteranos do Bandeirantes, equipe de Bebedouro, onde já fui campeão por três anos, e também da Copinha, competição realizada pela Federação Alagoana, ambos na categoria master”, encerrou.

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