
Jaelson da Silva Souza, em depoimento à polícia, detalhou como descobriu o que tinha acontecido com a filha de apenas 15 dias de vida, Ana Beatriz, e onde estava o corpo dela. Ele relata que a mãe da criança, Eduarda da Silva Oliveira, confessou para ele que a menina estava morta e apontou o local onde estava o corpo. Naquele momento, ele conta que abriu o armário indicado, localizado no quintal de casa, e sentiu um mau cheiro. Em seguida, ao ver o cadáver da bebê, o homem conta que saiu chorando.
A criança foi encontrada nessa terça-feira (16), após cinco dias desaparecida e um dia depois de a polícia realizar buscas no local, com apoio do Corpo de Bombeiros e cão farejador. A polícia investiga se, entre a segunda e a terça-feira, a criança foi colocada dentro do armário, já que o móvel havia sido vasculhado anteriormente e nada tinha sido encontrado.
Leia também
Conforme relato de Jaelson da Silva, ele precisou perguntar mais de uma vez sobre o que Eduarda havia feito com a criança para conseguir uma confissão dela.
“Eu perguntei assim: ‘Eduarda, nossa filha está morta?’. Ela falou: ‘Tá’. Aí eu já saí chorando. Ela ficou conversando com o doutor, com a esposa do doutor, com meus tios, aí eu perguntei: ‘Onde é que ela tá?’ Ela sem querer dizer: ‘Onde é que ela tá?’ Aí ela falou assim: ‘Tá em casa’. Foi na hora que a gente pegou o carro e subiu lá”, relatou ele.
Ao chegar em casa, ele disse que entrou acompanhado por Eduarda. Ao entrar no imóvel, ele conta que a mulher parou na sala e ficou olhando para o sofá. “A gente achou que estava no sofá. Levantamos o sofá, não tinha nada lá”, conta ele.
Na sequência, ele relata que a mulher, sem falar nada, seguiu para a cozinha. Parou em frente à porta do cômodo e saiu em direção ao quintal. Em seguida, a mulher ficou olhando para uma direção.
“A gente suspeitou que poderia estar ali. Quando a gente começou a abrir o compartimento que ficava água sanitária, sabão em pó, tudo de limpeza. Estava tudo assim enfileiradinho, certinho, e o corpo estava por trás dos produtos”, detalhou ele.
Ao abrir a porta do armário, ele afirma que sentiu um mau cheiro, separou os produtos para ter uma visão ampla de dentro do compartimento e encontrou a bebê. “Eu vi lá. Já saí em desespero.”
Jaelson conta que imediatamente foi ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), momento em que comunicou o achado do cadáver da pequena Beatriz.
Eduarda foi presa em flagrante por ocultação de cadáver. No entanto, em audiência de custódia, a Justiça determinou a prisão preventiva dela e, com isso, ela será transferida para o presídio.
A Polícia Civil deve indiciá-la por ocultação de cadáver, mas investigará as motivações do assassinato para decidir se a indicia ainda por homicídio ou infanticídio.