
A Câmara de Maceió divulgou uma nota de esclarecimento sobre a Operação Falácia, deflagrada na manhã desta sexta-feira (25), revelando que a Polícia Federal (PF) apura possíveis irregularidades praticadas no pleito eleitoral de 2020 e que o cumprimento de mandado se deu no gabinete de um único vereador.
De acordo com o Poder Legislativo, a ação policial não teria qualquer conexão com as atividades legislativas ou a rotina interna da Casa. O comunicado informa que a investigação não envolve o exercício das funções parlamentares.
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Na oportunidade, a Casa Legislativa reafirmou seu compromisso com a transparência e destacou que, embora a apuração não se refira diretamente à atuação do Poder Legislativo, a Câmara mantém seu total respeito às decisões judiciais e se coloca à disposição para colaborar com as autoridades competentes.
“É importante destacar que o objeto da apuração não possui relação com a atividade parlamentar nem com a rotina legislativa da Casa”, afirmou a nota. O documento também garantiu que a Câmara assegura a proteção das prerrogativas parlamentares e o pleno funcionamento do Legislativo, independentemente das investigações em curso.
ALVO
O vereador por Maceió, Siderlane Mendonça (PL), usou as redes sociais, na manhã desta sexta, para se pronunciar após ser um dos alvos da Operação Falácia, deflagrada pela Polícia Federal em Alagoas. Na gravação, o parlamentar alega estar sendo vítima de perseguição política e afirma que não tem conhecimento sobre o teor da investigação.
“Fui surpreendido pela polícia agora pela manhã aqui no hotel em Brasília. É verdade. Aproveitaram que eu viajei a trabalho e mandaram a polícia me fazer uma citação judicial. Recebi a citação e já encaminhei para o meu advogado”, declarou o vereador, em vídeo publicado em seu perfil oficial.
'FALÁCIA'
A Operação Falácia tem como objetivo desarticular um grupo suspeito de praticar crimes como corrupção, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais na capital alagoana.
Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares diversas da prisão, entre elas o afastamento do cargo de um vereador — apontado como líder do esquema — e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 200 mil.
Até o momento, o nome de Siderlane Mendonça não foi confirmado oficialmente pela PF como o parlamentar afastado, mas sua declaração pública aumenta as especulações sobre seu envolvimento direto no núcleo central da investigação.
Confira a nota da Câmara Municipal de Maceió:
“A Câmara Municipal de Maceió informa que, em cumprimento a mandado expedido pela Justiça Eleitoral, a Polícia Federal realizou diligência na manhã desta sexta-feira (25), exclusivamente no gabinete de um único vereador, sendo a investigação relacionada ao pleito eleitoral de 2020.
É importante destacar que o objeto da apuração não possui relação com a atividade parlamentar nem com a rotina legislativa da Casa.
A Câmara reafirma seu compromisso com a transparência e o respeito às determinações do Poder Judiciário, atuando também na proteção das prerrogativas parlamentares e assegurando o pleno funcionamento do Legislativo.
Reiteramos, por fim, nosso respeito incondicional às decisões judiciais e às instituições envolvidas, colocando-nos à disposição para colaborar com as autoridades competentes no que for necessário.”