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Casos de vítimas crescem e denúncias já chegam a 50 em Alagoas

Polícia Civil investiga prejuízos financeiros e emocionais com apostas estimuladas por influenciadores


				
					Casos de vítimas crescem e denúncias já chegam a 50 em Alagoas
Ygor e Paulinha Ferreira foram soltos após audiência de custódia. Reprodução

“O aplicativo é um vício que não sai mais da mente. Eu não conseguia dormir pensando naquele jogo”. “Ela divulgou para toda família, mas, ao tentar sacar, teve a sua conta bloqueada”.

Esses são alguns relatos de alagoanos que denunciam ter tido prejuízo financeiro e emocional com apostas no “Jogo do Tigrinho”. Casos como os deles vieram à tona depois que foi deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) a Operação Game Over, que teve como alvos influenciadores que divulgavam e estimulavam as apostas.

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O delegado Lucimério Campos informou à Gazeta que as denúncias de vítimas que acumulam perdas mais que triplicou. Em uma semana, a quantidade de casos investigados passou de 12 para mais de 50.

“A gente recebeu mais denúncias de pessoas que tinham sido lesadas por essa prática. De valores menores a grandes quantias. São vítimas que gastaram todas as suas finanças e depois passaram a contrair empréstimos, a vender o que tinham”, comentou.

Campos falou sobre os problemas de saúde mental relatados pelos denunciantes. “O que chama a atenção, de um modo geral, é que as pessoas depois que ficam sob a influência do jogo, que passa a ser patológico. Elas perdem o senso de julgamento. O negócio é desvantajoso, é golpe, mas elas entram em uma situação em que ficam a mercê da fala de qualquer pessoa maliciosa. Algumas pessoas só conseguiram perceber depois da operação, que foi um alerta”, falou.

O delegado orienta que, quem se sentir lesado por essa prática, faça um Boletim de Ocorrência. “Tem que juntar os documentos do Pix e indicar, se possível, o influenciador que fez a propaganda daquele jogo. Pode ser qualquer delegacia, até pela virtual”, explica.

A investigação é contra 12 pessoas, mas o número pode aumentar, conforme informou Campos. “Há outros influenciadores ainda promovendo o jogo que estão sendo observados”, diz.

INFLUENCIADORES PRESOS

Dois influenciadores foram presos na manhã dessa terça-feira (25) por divulgar e estimular apostas. Paulinha Ferreira e o marido dela, Ygor Ferreira, foram detidos em casa, em Marechal Deodoro, Litoral Sul de Alagoas, e levados para a delegacia.

Os dois foram presos porque há indícios de que eles tiveram informações privilegiadas sobre a operação. Segundo a Delegacia de Estelionato, a compra das passagens foi realizada no dia 13 de junho e a viagem no dia 14, sendo a ação desencadeada em 17 de junho, o que, para a polícia, poderia ser indício de que o casal não planejou a viagem antecipadamente.

Durante o depoimento, eles preferiram ficam em silêncio. Os dois fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, após audiência de custódia, foram liberados com aplicação de medidas cautelares.

Nas redes sociais, o casal ostentava vida de luxo e carros conversíveis. Segundo as investigações, eles usavam o alto padrão de vida para atrair apostadores.

Paulinha tinha cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram e teve a conta bloqueada. Seus carros de luxo, um Porsche, um Corvette e uma Rand Rover foram apreendidos enquanto ela e o marido estavam fora do país. Um dos veículos estava no estacionamento do aeroporto.


Os advogados dos influenciadores afirmam que não há provas nos autos da investigação que sustentem a prática de qualquer conduta criminosa e que seus clientes não podem ser responsabilizados por eventuais problemas enfrentados pelos jogadores com as plataformas.

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