Em resposta à manifestação do juiz federalRenato Borelli, de Brasília, a ministra doSupremo Tribunal Federal,Cármen Lúcia, determinou àPolícia Federalque investigue o presidenteBolsonaro, no caso da corrupção no Ministério da Educação.
A corrupção noMEC, de acordo com as denúncias feitas por empresários e prefeitos que teriam sido extorquidos e pressionados a pagarem propinas em dinheiro e barra de ouro, envolve o ex-ministro e pastorMilton Ribeiro, e os pastoresAriltonMouraeGilmar Santos, que foram recebidos várias vezes porBolsonaro, e agora esses encontros foram colocados sob sigilo de 100 anos.
Os pastoresAriltoneGilmartinham sala reservada no MEC, o que é ilegal, e participavam de reunião do ministro com prefeitos e empresários, o que também é ilegal. Nessas reuniões, eles negociavam o pagamento de propinas, sob alegação de que o dinheiro serviria para reformar igrejas e imprimir Bíblias.
No despacho encaminhado à Polícia Federal, a ministra escreveu:
-"Evidencia-se, nos autos, que somente após a demonstração de fatos novos, consistentes na conversa do dia 22 de junho de 2022, que confirma a conversa do dia 9 de junho de 2022, pode-se concluir pela possibilidade real e concreta de eventual participação do presidente da República em atos relacionados ao que se apura neste inquérito".
Procurado pela imprensa, o Palácio do Planalto e a Advocacia Geral da União não se manifestaram, pelo menos até esta terça-feira, 4.
No inquérito que está com a PF, tem as mensagens trocadas porBolsonarocom o ex-ministroMilton Ribeiro, quando o presidente alertaRibeirosobre o "pressentimento" de que ele (Ribeiro) será alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal.
Depois do escândalo de corrupção ter sido descoberto,Ribeirofoi demitido e, na última vez que foi visto em Brasília, ele protagonizou a cena inusitada, quando disparou a pistola e por pouco não atingiu a funcionária encarregada docheck inno aeroporto. Os pastoresAriltoneGilmartambém desapareceram depois