Nos dois grupos o sentimento é praticamente o mesmo. Muita desconfiança de lado a lado e a expectativa de que o ‘armistício’ entre os Caldas e os Calheiros acaba tão logo seja resolvida a nomeação – ou não – de Marluce Caldas, tia de JHC e irmã de João Caldas, para o STJ.
Desde que foi reeleito prefeito de Maceió, em outubro do ano passado, JHC passou a dedicar praticamente todo o tempo para ajudar na nomeação da tia como ministra do STJ. Passou a circular entre petistas, buscando aproximação com o presidente Lula – o dono da caneta que pode transformar a procuradora do MP de Alagoas em ministra.
Nas últimas semanas, as informações sobre uma aproximação entre as duas famílias não passavam de especulações. Na segunda-feira passada (17/03), durante a inauguração da BR 416, Calheiros e Caldas deram demonstrações públicas de que existe sim um diálogo em curso, que poderá resultar ou não num acordo político e eleitoral para 2026.
Um influente interlocutor do grupo de Paulo Dantas, no entanto, acredita que a aproximação entre os dois lados não passa de fogo de de palha: “assim que a tia do JHC for nomeada ministra, se for nomeada, eles voltam a agir do mesmo jeito de antes, ou sejam vão atacar os Calheiros de novo, até porque os Caldas avaliam que ganham mais, que é melhor para eles, ficando contra os Calheiros do que em uma eventual aliança”, diz.