O Procon Carioca começou a fiscalizar os preços dos hotéis para as Olimpíadas. Tem diária até nove vezes mais cara durante o evento.
Rio, cidade turística, cidade olímpica, na contagem regressiva para o maior evento esportivo do planeta. A menos de seis meses dos jogos, muita gente já está se programando para desembarcar na cidade e acompanhar tudo de perto. Mas e o preço da hospedagem?
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O Jornal da Globo fez um levantamento com agências de viagens e em sites de reservas online para saber: os preços das diárias estão abusivos?
Pesquisamos hotéis nos cinco bairros do Rio com maior número de reservas para as Olimpíadas. No centro da cidade, passar um dia olímpico em um hotel quatro estrelas pode custar cinco, seis vezes mais do que em um período comum.
O mesmo se repete na Barra da Tijuca, que vai reunir a maior parte das competições, e Copacabana superou qualquer estimativa: em alguns hotéis, a diária de 5 a 21 de agosto está nove vezes mais cara. Nos sites, consumidores desabafaram.
Um deles pediu que o Ministério Público analise as tarifas. Ele diz que uma diária em um motel longe dos eventos está custando R$ 1,2 mil durante os jogos e que pensa em vender os ingressos.
Outro reclama que os preços estão estratosféricos e que um hotel que custa normalmente R$ 350 por dia saltou para quase R$ 3 mil nas Olimpíadas, uma verdadeira afronta.
O Procon listou 142 hotéis de luxo da cidade. Os valores cobrados por 35 estão sendo analisadas. "O que justifica o estabelecimento, um hotel, subir um preço quatro vezes, nove vezes? Eles teêm dez dias para informar as suas razões, é um processo administrativo em que poderá caber multa, que pode variar de R$ 600 reais a R$ 8 milhões", diz Solange Amaral, presidente do Procon Carioca.