"Famoso é Jesus Cristo!", disse o autônomo Alexandre Goulart ao ser questionado sobre o sucesso da imagem onde aparece em uma motocicleta na companhia de Chiquinho, seu gato, usando óculos escuros. A imagem, que foi ao ar no RJTV 2ª edição de sábado (27), não ficou mais de três segundos no ar. Foi o suficiente para que ele e o animal se tornassem um sucesso nas redes sociais e desviassem a atenção do tema principal do telejornal, os conflitos na Rocinha (veja o vídeo abaixo).
"Ele é tudo para mim. É meu filho gato", destacou o dono do animal, que faz questão de ressaltar que possui outros quatro filhos "humanos".
Leia também
Chiquinho está na vida de Alexandre há 14 anos. Foi presente de uma ex-namorada, que ficou com ciúme quando percebeu o quanto ele se afeiçoou ao animal.
"A minha namorada da época arranjou o Chiquinho, mas ela não aguentou porque ele era muito levado. Então ela perguntou se eu queria ficar e aceitei. Ela não gostava de sair. Então eu comecei a sair com o Chiquinho. Acabei me separando dela e o gato ficou comigo. Ela perguntou de quem eu gostava mais e escolhi o gato", contou Alexandre, morador da comunidade há 16 anos.
Apaixonado por motos, ele costuma levar Chiquinho sobre o tanque do veículo para todos os lugares, inclusive em passeios na Praia de São Conrado. Para se proteger do vento, o gato possui acessórios: são capacetes, bonés e óculos - como o que usou quando apareceu na televisão.
O animal não é uma novidade nos meios de comunicação. Ele já apareceu em uma matéria da TV japonesa e em uma revista americana, possui Facebook próprio e conta no Instagram.
Gato ajuda em recuperação
Alexandre é dependente químico em recuperação e não esconde a sua condição. Segundo ele, é importante falar para que outras pessoas possam se mirar no seu exemplo e para contar que o animal o auxiliou na recuperação.
"Eu sei que estou em recuperação pelo resto da vida. Estou sem consumir drogas há 24 anos. E o Chiquinho me ajuda todos os dias, porque é um de cada vez", ressaltou o dono do animal, que já o levou até para reuniões de grupos de ajuda.
Atualmente, Alexandre vive de bicos. Já trabalhou com a venda de equipamentos de som e teve um brechó na Rocinha, mas a crise o obrigou a fechar as portas.
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
