Os recursos do auxílio emergencial superaram as perdas da massa de rendimentos causada pela pandemia em Alagoas, no primeiro semestre deste ano. É o que revela um estudo divulgado nesta terça-feira (27). Realizado pelos economistas Ecio Costa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Marcelo Freire, da Universidade Federal Rural de PE, o levantamento mostra que, além de Alagoas, outros 21 estados do País foram 'salvos' pelo benefício do governo federal.
Em apenas cinco unidades da Federação - São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul -, os recursos do benefício não compensaram as perdas de rendimentos. Os cinco locais em que o benefício não repôs as perdas na renda têm um menor número percentual de pessoas cadastradas em programas sociais, segundo Ecio Costa. "Ocorre o contrário no Norte e Nordeste, onde o cadastro inclui um número maior de beneficiários de programas sociais", afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo.
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Segundo o levantamento, em valores agregados, o Brasil teve uma perda acumulada de R$ 66,8 bilhões na massa de rendimentos - soma dos salários de todos os trabalhos das pessoas em determinado período, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE) no primeiro semestre de 2020, em comparação com igual período de 2019.