Uma semana após a reabertura de parte das lojas no centro de Maceió, lojistas comemoram as vendas do período, mas uma parcela pequena decidiu fazer promoções e deve fechar, de vez, o estabelecimento. A previsão é de que 2 mil trabalhadores que tiravam o sustento do comércio na região percam seus empregos.
Os lojistas do centro de Maceió acreditam que a reabertura dos shoppings da capital - prevista para a segunda quinzena de julho, na chamada fase amarela, - deva reduzir a aglomeração nas ruas do bairro. Tudo depende da evolução de casos do coronavírus na capital, onde há certa estabilização, segundo o Governo do Estado, o que permitiu o avanço de fase do Protocolo de Distanciamento Social Controlado.
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De 60% a 70% das lojas do Centro - das mais de 700 - reabriram no último dia 3, em Maceió. "Tivemos um movimento bom, muita gente. Há setores que não tiveram procura grande, mas, no geral, o movimento foi bom. Agora, têm lojas que estão fazendo liquidação para a entrega do prédio. Do calçadão, que estamos sabendo, têm três que fecharam. Algumas tiveram redução de quadro de pessoal", explica Guido Júnior, presidente da Aliança Comercial de Maceió.
Segundo Guido, a previsão é que haja redução do quadro de funcionários também nos shoppings que, se fossem reabertos, poderiam diminuir a aglomeração no Centro. "A minha opinião é que, se liberassem o funcionamento também dos shoppings, diminuiria o fluxo de pessoas no Centro. Acho que o comércio fechou muito cedo. Foram 110 dias fechado. Muito difícil. Está prevista a reabertura do restante do Centro a partir do 17 de julho", acrescenta o empresário.
Os estabelecimentos devem atender as regras estabelecidas em decreto que permite a volta das atividades, em novo horário, das 10h às 17h. O Centro tem entre 700 a 750 estabelecimentos comerciais, e, desse total, de 400 a 450 lojas com até 400 metros quadrados de área, tiveram permissão para reabrir.
Além das lojas de rua, na fase Laranja, salões de beleza, barbearias e templos religiosos puderam reabrir em Maceió, mas com a capacidade reduzida. O avanço para a Amarela, Azul e Verde dependerá, diretamente, da evolução ou involução dos eixos estratégicos da matriz de risco.
"Em termos de impactos econômicos, ainda é cedo para estimar o volume financeiro gerado nesta primeira semana de reabertura gradual do comércio, mas podemos assegurar que trouxe um alento às empresas que puderam, após pouco mais de 100 dias, voltar a funcionar. Certamente o faturamento não será semelhante ao dos dias anteriores à pandemia, mas irá aliviar a carga financeira e permitir que as contas comecem a se equilibrar", disse o presidente da Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio/AL), Gilton Lima.
Para auxiliar as empresas e os consumidores nesse primeiro momento, a Fecomércio afirma que trabalha em parceria com a Prefeitura de Maceió e o Governo de Alagoas. "E disponibilizamos uma estrutura no centro de Maceió, onde os colaboradores do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac Alagoas orientaram a população acerca da importância de se observar as medidas sanitárias, pois entendemos que a responsabilidade é coletiva. Com o respeito aos protocolos e a conscientização de todos, a expectativa, agora, é que possamos avançar para a próxima fase e, aos poucos, possamos retomar o desenvolvimento econômico e social", conclui Gilton Lima.