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Alagoano Yohansson Nascimento: determinação que inspira

Ex-atleta paralímpico alagoano fala sobre o fortalecimento do esporte adaptado e as estratégias do CPB promovê-lo


				
					Alagoano Yohansson Nascimento: determinação que inspira
Yohansson Nascimento, ex-atleta paralímpico e hoje vice-presidente do CPB. Ailton Cruz

Alagoas é um Estado com filhos ilustres que conquistaram o mundo com arte, trabalho, esporte e, claro, muitas vitórias. E o maior nome do esporte paralímpico alagoano, Yohansson Nascimento, esteve em Alagoas para mais uma etapa do Meeting Paralímpico Loterias Caixa, em Pilar-AL. O evento foi promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Ex-atleta paralímpico e detentor de 25 medalhas conquistadas em competições como Jogos Paralímpicos, Mundiais e Parapan-americanos, destaque pelo ouro nos 200 metros em Londres 2012, Yohansson conversou com a Gazetaweb sobre o incentivo a futuros atletas com deficiência.

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Atualmente, ele é vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), cargo que assumiu em janeiro de 2021, para o ciclo 2021-2024, meses após anunciar a sua aposentadoria das pistas de atletismo. O presidente do órgão é Mizael Conrado.

Yohansson usa justamente a sua determinação para apoiar outros atletas a conquistarem sonhos e medalhas. E ele falou qual é a principal estratégia do CPB na promoção do esporte paralímpico.

“O CPB promove a inclusão das pessoas com deficiência por meio do esporte paralímpico, desde a iniciação até o alto rendimento. Nossos programas, como o Festival Paralímpico, evento que oferece uma primeira vivência lúdica de modalidades paralímpicas, proporcionam o primeiro contato de muitas crianças com atividades esportivas”, disse o ex-atleta.

E acrescentou que o CPB também oferece um local de referência para os treinos: “Temos mais de 60 Centros de Referência no Brasil. Um deles fica em Pilar, Alagoas”.


				
					Alagoano Yohansson Nascimento: determinação que inspira
Yohansson Nascimento em Londres. Yin Gang

Na última semana, ele esteve em Alagoas para o Meeting Paralímpico. E, ao ser perguntado se o evento já serve como iniciação para essas crianças e jovens, respondeu que sim. E explicou: “O Meeting Paralímpico Loterias Caixa serve de seletiva para os melhores atletas alagoanos, que podem ir para a etapa final das Paralimpíadas Escolares em São Paulo, no mês de novembro. Ela é uma competição nacional que reuniu cerca de duas mil crianças com deficiência no ano passado”.

Em Alagoas, um dos trabalhos desenvolvidos pelo Comitê, segundo ele, é o desenvolvimento de projetos como os Centros de Referência, programa que faz parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021.

“O objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do País para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento”, explicou Yohansson.

Ainda de acordo com ele, o atleta precisa de uma equipe multidisciplinar qualificada e de uma área de saúde que atue ao lado do treinador. Assim, no Centro de Referência, os atletas de alto rendimento têm acesso a uma equipe multidisciplinar com médico, nutricionista, fisiologista e psicólogo. “Temos também uma estrutura de equipamentos esportivos adequados aos treinamentos”, emendou.

Não é segredo nenhum que Yohansson é uma referência do esporte em Alagoas. Mas a Gazeta quis saber quem tem, atualmente, o mesmo potencial que ele, no Estado. E o ex-atleta respondeu, sem titubear:

“Destaco a atleta Géssica Araújo, do vôlei sentado. Ela foi medalhista nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, e vai competir no Campeonato Brasileiro de esgrima em cadeira de rodas, no próximo dia 24, em São Paulo. Considero a Géssica uma grande atleta em qualquer modalidade que ela pretenda seguir”.

Ele explicou qual é a visão do CPB para o futuro, destacando que o órgão quer ser uma referência mundial na gestão e desenvolvimento do esporte paralímpico, promovendo a inclusão de pessoas com deficiência em todas as suas dimensões.

“Queremos que o Brasil continue subindo no ranking de medalhas a cada quatro anos. O nosso presidente, Mizael Conrado, afirma que vamos superar a China até 2040. O futuro do esporte paralímpico brasileiro é bastante promissor”, disse, sendo bem otimista.


				
					Alagoano Yohansson Nascimento: determinação que inspira
Yohansson no Mundial Paralímpico de Doha. Daniel Zappe MPIX/CPB

O vice-presidente do CPB explicou, ainda, o que fazer para fortalecer o esporte, em anos de Paralimpíadas. “Esses anos trazem ainda mais visibilidade ao esporte paralímpico. Em 2008, nas minhas primeiras competições, havia uma grande distância entre uma competição e outra. Atualmente, temos mais visibilidade nos campeonatos mundiais e em tantas outras competições. Precisamos aproveitar para atingir mais pessoas e patrocinadores, mostrando como o esporte paralímpico oferece muitas oportunidades".

E por falar em patrocinadores, a reportagem perguntou como as empresas privadas podem apoiar o esporte paralímpico. “Muitas empresas já apoiam o esporte paralímpico brasileiro. Isso acaba estimulando outras a fazerem o mesmo. Empresas locais deveriam também ter essa visão, pois os atletas representam o Estado e levam a marca nas competições”, observou.

O CPB tem a Braskem como patrocinadora, contribuindo para disponibilizar mais tecnologia, equipamentos e materiais esportivos de alto nível mundial aos atletas paralímpicos brasileiros. Yohansson explicou o que significa essa contribuição tecnológica para o esporte.

“Com o patrocínio da Braskem conseguimos o acesso à tecnologia de ponta, melhorando os resultados e o desempenho dos atletas. É um trabalho de extrema importância”, disse.

E finalizou: “Há um projeto em desenvolvimento para a criação de próteses para atletas com amputação de membro superior. Eles vão poder utilizar apoio plástico na hora da saída do bloco. Como esses atletas não têm a mão, precisam de uma extensão do braço e essa tecnologia desenvolvida vai dar um suporte melhor e, consequentemente, um resultado melhor”.

*Com Assessoria

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