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Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional

Equipe alagoana de airsoft vai disputar campeonato em Brasília, entre os dias 13 e 15 de junho


			
				Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional
Inspirado em operações militares reais, o esporte utiliza marcadores (réplicas de armas de fogo) que disparam pequenas esferas plásticas não letais. Acrevo pessoal/Mercenários

A equipe Mercenários Airsoft Alagoas vai participar da primeira competição nacional de airsoft, na modalidade Speed 5x5, que será realizada entre os dias 13 e 15 de junho deste ano, em Brasília (DF): o Nacional 5x5 Herd Effect, cuja primeira edição é restrita aos classificados nas seletivas estaduais e regionais.

O grupo alagoano se classificou pela seletiva do Nordeste, realizada na Paraíba, em 2024 e 2025, quando se tornou bicampeão, conseguindo duas vagas na competição, que será realizada com outros dois jogos intitulados Ruas em Guerra 9 e The Passaport VI, que são simulações de combates urbanos que acontecem ao ar livre. O evento reunirá times de todo o País e promete ser um dos maiores encontros da modalidade no Brasil.

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Quem são?

A equipe Mercenários foi fundada em janeiro de 2015. Os fundadores da equipe que continuam na ativa são: João Paulo Almeida (comerciante), Fernando da Rocha Araújo (escrevente) e Kildarly Lima Barros (fisioterapeuta).

“Nós fazíamos parte de outro grupo de WhatsApp de praticantes de paintball e airsoft aqui de Alagoas, mas sentíamos que não tínhamos muita liberdade lá. Então, juntamos os amigos mais próximos, os três que continuam na ativa mais o Felipe Caroço, que hoje não pratica mais o esporte, e o Will, que hoje mora nos EUA, e fizemos nosso próprio grupo, que acabou se tornando nossa equipe, de maneira oficial, no dia 20 de janeiro”, conta João Paulo Almeida, em entrevista à Gazetaweb.

O nome Mercenários veio de um apelido dado a eles pelos fundadores do grupo original. “Isso se referindo ao fato de que não seguíamos todas as regras lá colocadas e durante as partidas agíamos por conta própria, executando estratégias próprias, que a gente achava melhor e não necessariamente as que eram estabelecidas por eles”, revelou.


			
				Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional
Em 2014: João Paulo Almeida, Fernando da Rocha Araújo e Felipe Rocha têm o primeiro contato com as armas de airsoft. Acrevo pessoal/Mercenários

Com dez anos de trajetória, a equipe Mercenários é formada por 22 atletas e já conquistou destaque no cenário regional, sendo bicampeã nordestina na categoria Speed. “Com o tempo, novos membros foram se unindo a nós. Durante estes dez anos muitas pessoas passaram por aqui. Hoje possuímos oficialmente 22 membros, os últimos que ingressaram no início de 2025, na seletiva que realizamos uma vez por ano”, disse João Paulo.

Em Maceió, o airsoft ainda é praticado de forma amadora, com foco principal em jogos recreativos. A infraestrutura dedicada ao esporte ainda é limitada, o que torna o crescimento do cenário local ainda um desafio. Os altos custos com equipamentos, vestuário e itens de segurança dificultam a popularização da prática. Assim, o grupo está em busca de patrocínios para disputar a competição em Brasília, cobrir os custos da viagem e da participação no campeonato em si.

Em campanha para conquistar patrocinadores e apoiadores, os Mercenários destacam que marcas parceiras terão visibilidade nacional e estarão associadas a um esporte que promove disciplina, inclusão, juventude e espírito coletivo. “Patrocínios e apoios, creio que hoje estão bem escassos para qualquer prática esportiva, principalmente para uma que não é muito conhecida, como o airsoft, por isso a importância de divulgá-lo no Estado”, explica o fundador do grupo.

“Hoje nós temos apoio da WT Airsoft Store, de Campinas-SP, que nos fornece alguns equipamentos e acessórios ou descontos para adquirir alguns materiais; e da Tango Down, marca de munições (BBs) que utilizamos em treinos e jogos”, acrescenta.

“Nossa maior necessidade hoje é a de um patrocinador que possa nos apoiar em relação aos custos de viagem, passagens, hospedagem, gastos com alimentação e deslocamento até o local da competição, já que atualmente cada atleta participante arca com sua parte”, disse.

Mesmo assim, com dificuldades ou não, a comunidade se mantém ativa e apaixonada, encontrando formas criativas de treinar, como o uso de regiões de mata ou prédios abandonados. Além disso, iniciativas sociais organizadas pela Liga Alagoana de Airsoft, como o Natal Sem Fome, mostram o lado solidário e engajado dos praticantes.


			
				Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional
Modalidade exige preparo físico, agilidade mental e trabalho em equipe.. Acrevo pessoal/Mercenários

O que é o airsoft?

É conhecido por sua alta exigência tática, trabalho em equipe e intensa simulação estratégica, consolidando-se como um esporte moderno e em franca expansão. Originalmente e na sua essência, não é uma prática competitiva. São missões feitas por grupos simulando experiências de exército, na qual uma equipe defende e outra ataca ou então as duas atacam para cumprir um determinado objetivo mais rápido.

A dinâmica do jogo é a elaboração e a execução de uma estratégia para levar um determinado objeto até uma zona especificada ou então até o praticante vai pegar aquele objeto que está em um determinado ponto e trazer para seu ponto inicial.

Inspirado em operações militares reais, o esporte utiliza marcadores (réplicas de armas de fogo) que disparam pequenas esferas plásticas não letais. E no final todo mundo ganha por participar e se desenvolver. O esporte cresce a cada ano no Brasil, atraindo jovens e adultos interessados em experiências que envolvem cooperação, estratégia, disciplina e adrenalina. A modalidade exige preparo físico, agilidade mental e trabalho em equipe.

“O airsoft é um jogo de estratégia, complexo, quase como xadrez. Às vezes quem pensa mais vence. Às vezes é quem é mais cauteloso. Envolve muita coisa, uma disposição física legal, articulação, equilíbrio mental, paciência, controlar a adrenalina. É um jogo que envolve muita coisa, não só o equipamento”, explica João Paulo.

Ainda de acordo com ele, os custos com os equipamentos da modalidade podem variar de R$ 1 mil a R$ 20 mil, a depender do nível de investimento do operador (é assim que são chamados os praticantes de airsoft), do comprometimento, do tempo de prática. “Há armas (elétricas ou HPA – armas a gás) que custam, somente elas, até R$ 20 mil. Máscaras variam entre R$ 300,00 e R$ 2 mil”, disse.


			
				Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional
Airsoft contém missões feitas por grupos simulando experiências de exército. Acrevo pessoal/Mercenários

Entre os materiais necessários estão as armas (ou marcadores), máscaras, coletes, óculos (item obrigatório), joelheiras, cotoveleiras e outros itens de proteção, uniforme, calçado apropriado, armas secundárias (granadas sonoras e de fumaça) entre outros.

“Quem pratica o airsoft de forma amadora ou quer conhecer o esporte antes de praticá-lo, pode alugar o armamento já com munição e os óculos em campos comerciais de jogos abertos ao público. Os valores são bem acessíveis. Pode praticar usando um tênis, calça jeans e um casaco para se proteger dos 'tiros'”, acrescenta.


			
				Mercenários preparam o 'arsenal' para representar Alagoas em competição nacional
Inspirado em operações militares reais, o esporte utiliza marcadores (réplicas de armas de fogo) que disparam pequenas esferas plásticas não letais. Acrevo pessoal/Mercenários

Ainda sobre o grupo

“Nós temos um perfil muito familiar e de amizade. Nossos laços se formam assim. São irmãos, primos, amigos, o amigo do primo, o primo do primo... Começamos o time por afinidade e nos mantemos assim”, disse João Paulo.

Ainda segundo ele, inicialmente o grupo usava a imagem do filme de mesmo nome (Os Mercenários) como símbolo, mas, em seguida, criaram a própria logo, que é uma caveira junto à bandeira de Alagoas, para ter algo próprio, que melhor os representasse.

Sobre os encontros da "tchurma", João Paulo explica: “A gente se reúne todos os finais de semana, sábados e domingos, e uma vez ao mês temos um treino oficial. Além disso, a cada dois ou três meses temos “missões” em outros estados e cidades, e a gente leva a grande maioria da equipe”.

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