As reclamações surtiram efeito. Após a polêmica votação sobre a manutenção do ranking de atletas da Superliga Feminina, a Confederação Brasileira de Vôlei vai realizar uma nova votação sobre o tema nos próximos dias. Na primeira, na tarde de quinta-feira, foi aprovado que o sistema de pontos seria mantido para a próxima temporada da competição. Ausentes na reunião, São Paulo-Barueri e Curitiba, porém, reclamaram que seus votos foram desconsiderados, apesar de terem se posicionado contra o ranking.
Por conta da reclamação, a CBV comunicou aos clubes na noite desta sexta-feira que um novo encontro será realizado. A nova reunião será realizada por videoconferência, para que não haja gastos de novas viagens para as equipes.
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- A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece que sempre respeitou a opinião dos clubes participantes da Superliga. Seguindo este padrão, na manhã de quinta-feira (12.03), em reunião realizada aqui na CBV ficou decidido pelos clubes, por unanimidade e após duas consultas, que seriam validados apenas os votos dos times presentes em relação à definição de dois temas: ranking e estrangeiras para a Superliga 2020/2021. A CBV seguiu a conduta adotada comumente, porém, como nos últimos anos houve consulta por e-mail, e desta vez dois clubes fizeram encaminhamento e não foram informados que estes votos não seriam aceitos, a entidade entende por bem realizar uma nova reunião para determinação final quanto ao ranking na Superliga 2020/2021 - disse Renato D?Ávila, superintendente da entidade, no comunicado enviado às equipes.
A decisão saiu por meio de votação com representantes de oito dos dez clubes garantidos na edição 2020/2021 da competição e da comissão de atletas. O placar foi apertado: 5 a 4. Sesc-RJ, Sesi-Bauru, Flamengo, Fluminense e Pinheiros votaram a favor, enquanto Praia Clube, Minas, Osasco e a comissão de atletas votaram contra.
São Paulo-Barueri e Curitiba, ausentes da reunião por dificuldades financeiras, porém, reclamam que enviaram seus votos de forma oficial antes do encontro, mas que os mesmos foram desconsiderados no momento da votação. Caso contrário, o resultado teria sido diferente: 6 a 5 para o fim do ranking. Na reunião, também foi definido o aumento do número de estrangeiras por equipe - de duas para três.
A cada ano, o ranking feminino é alvo de críticas de jogadoras, que pedem seu fim. Após a definição da manutenção do formato, que limita a presença de atletas de pontuação alta nos clubes, Fabiana, atualmente no vôlei japonês, publicou um desabafo nas redes sociais. Ela é uma das jogadoras com pontuação máxima de 7 pontos. Além dela, as levantadoras Dani Lins, Fabíola e Macris, a central Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi e Natália, e as opostas Tandara e Tifanny seguiram com a pontuação. As equipes só podem contar com duas atletas de sete pontos a cada temporada.