O brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, deixou a prisão domiciliar no Japão e viajou para o Líbano nesta segunda-feira (30), segundo o jornal libanês L'Orient-Le Jour.
De acordo com o jornal, ainda não estão claras as razões da viagem, ou se o tribunal japonês permitiu o deslocamento. Ghosn teria chegado ao Líbano em um jato particular, partindo da Turquia.
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Não ficou claro se Ghosn, que tem cidadania francesa e libanesa, poderia deixar o Japão, onde ele está sob restrições estritas impostas pela corte a seus movimentos.
O executivo aguarda julgamento por acusações de má conduta financeira. Em abril, quando foi solto, o tribunal japonês estabeleceu como condições para a liberdade, entre outras coisas, a proibição da saída de Ghosn do Japão e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nas investigações abertas contra ele.
Escândalo completou um ano
Ghosn foi preso pela primeira vez em novembro de 2018, acusado de má conduta financeira, ao emitir parte de seus rendimentos, bem como utilizar indevidamente verbas das empresas. Quase quatro meses depois, foi solto, após pagar fiança.
Em abril, um mês depois de ser solto, o brasileiro foi preso novamente, sob novas acusações. Após pagar uma nova fiança, Ghosn novamente deixou a prisão, ainda em abril.