Depois de um acordo na Justiça, o Governo do Estado vai começar a desapropriar casas e estabelecimentos comerciais no entorno do Hospital Metropolitano, que está em construção no bairro do Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió. Os terrenos serão incorporados à unidade hospitalar.
Segundo o secretário de Infraestrutura, Humberto Carvalho, são 46 construções, dentre residências e pontos comerciais, que correspondem a 1/3 do espaço da obra. Ao todo, serão pagos R$ 3 milhões em indenizações. A desocupação deve ser feita num período de três dias.
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Ele acrescenta que os valores já foram depositados pelo Estado em uma conta do Poder Judiciário. "Um perito fez avaliação desses imóveis e confeccionou os laudos. O procedimento agora é que cada uma dessas pessoas procurem a Justiça, que vai liberando os alvarás", diz.
O secretário afirma que as obras devem ser concluídas em dezembro. "Não tínhamos iniciado essa parte ainda devido a essas ocupações. Não queríamos fazer simplesmente uma reintegração e preferimos fazer dessa forma para retirar famílias dali. Agora com esse acordo vamos conseguir seguir o cronograma e finalizar em dezembro".
O valor inicialmente contratado para a construção deve permanecer o mesmo, de R$ 65 milhões. A unidade hospitalar terá 180 leitos, sendo 20 de pediatria, 50 de clínica médica, 30 de cirurgia, 40 de obstetrícia, 10 de UTI adulto, 10 de UTI pediátrica, 10 de UTI neonatal e outros 10 de UCI neonatal.
De acordo com o secretário, até o final do ano devem ser publicadas as licitações dos hospitais do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia, e Regional da Mata, em União dos Palmares. "Isso vai evitar que a população precise se deslocar para a capital ou para Arapiraca em busca de atendimento", apontou Humberto Carvalho.