Imagens mostram o momento exato em que rodoviários e policiais militares entram em confronto durante o protesto contra a empresa de viação Veleiro na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, em Maceió, na manhã desta sexta-feira (25). Os registros também mostram ônibus depredados.
[VIDEO3]
Leia também
Nas imagens obtidas pela Gazetaweb, é possível ver exatamente quando os militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) usam bombas de efeito moral para dispersar e conter os manifestantes, que estavam sentados na via, durante o protesto, que deixou o trânsito parado e dezenas de passageiros no meio do caminho.
Há, também, o registro de que uma pessoa acabou sendo presa por entrar em confronto com os militares. Informações dão conta, ainda, que bombas de efeito moral foram jogadas contra os manifestantes.
A categoria cobra uma série de reivindicações trabalhistas. Segundo eles, há 7 meses, os salários dos funcionários estão atrasados. Um homem foi detido.
O trânsito na região, no entanto, está sendo normalizado por equipes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).
CONFIRA NOTA DA VELEIRO
A empresa Veleiro vem através desta nota informar o seu repúdio as atitudes tomadas nessa manifestação realizada hoje.
Como dito anteriormente, as manifestações vêm sendo realizadas por pessoas que já foram demitidas e por outras pessoas que nunca fizeram parte da empresa Veleiro e são ligadas ao Sindicato dos Rodoviários.
Chama atenção que vários manifestantes usam a farda da Veleiro para querer demonstrar que são empregados da Veleiro, mas não são.
Outro fato que merece destaque é que já existem ações judiciais discutindo os direitos pleiteados pelos funcionários demitidos, com ações propostas pelo Sindicato dos Rodoviários, Ministério Público e dos próprios ex-funcionários, mas o local de discussão de litígio é na justiça.
A conduta desses manifestantes ultrapassa o direito constitucional de manifestação e viola o direitos dos outros.
Ocorre que os fatos praticados pelos manifestantes podem, em tese, ser configurados como crime de coação no curso do processo, de atentado contra o funcionamento do Transporte Público, de dano contra o patrimônio público e privado.
A manifestação ocorrida hoje foi uma surpresa para todos, uma vez que ontem foi realizada uma audiência na Justiça do Trabalho, na qual a empresa informou que já entregou uma proposta ao MPT para por fim aos litígios, inclusive com a presença do Sindicato dos Rodoviários.
No entanto, todos foram pegos de surpresa com os fatos de hoje.
Necessário reforçar que a empresa Veleiro também é interessada que não ocorram litígios e eventos como os ocorridos hoje.
O cenário econômico do Brasil é crítico em virtude da pandemia provocada pelo COVID-19 que atingiu vários segmentos econômicos, inclusive o segmento da Veleiro, o qual já vem sofrendo desequilíbrio econômico-financeiro há algum tempo.
Se todos os problemas tiverem que ser resolvidos desta forma, a sociedade viverá em anarquia.
Atualmente, 400 famílias dependem da Veleiro e não há salário e/ou tíquete alimentação atrasados, apesar de todo o cenário de crise econômica e grave desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
No mais, a Empresa Veleiro se resguardará e aguardará o andamento judicial.
[VIDEO2]
[VIDEO4]
[VIDEO5]