Entregue, literalmente, às baratas. Essa é a denúncia de uma mulher que precisou de atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, e foi colocada numa sala infestada pelos insetos. Para denunciar a situação, ela gravou um vídeo mostrando os animais.
Nas imagens, a mulher mostra pequenos insetos, que ela diz serem baratas, passando por uma pia, depois mais insetos em uma cadeira. Ela mostra ainda as baratas no chão, pelas paredes, nas janelas. “Eu não aguento. E eu já falei, viu, disse que não queria ficar nesse quarto infestado de baratas”, conta.
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As imagens logo ganharam as redes sociais. Em uma publicação a mulher que teria gravado o vídeo se apresenta e detalha o que aconteceu. “Nem dormir eu consegui. Dormi com meu filho, de manhã pedi a alta dele, porque nem tratar o que ele tinha os médicos sabiam. Então eu disse: quero a alta dele, porque ele vai acabar pegando infecção hospitalar."
“Vim do estado de São Paulo, precisei do atendimento do HGE, onde me deparei com este absurdo. Baratas em todo canto. Quando eu filmei, perguntei às enfermeiras se poderia me trocar, porque estava nítido que estava infestado de baratas, ao ponto do meu filho, que estava internado, pegar uma infecção. Disseram que era normal. Normal? Não pagamos imposto para quando precisar de um lugar, onde é referência por ser Hospital Geral do Estado, está essa calamidade. Eu estou indignada, tanto com hospital, como com os médicos despreparados e desatualizados”, desabafou.
Esta é mais uma denúncia envolvendo a unidade de saúde. Esta semana, outra mulher denunciou que um médico do HGE a chamou de porca. A ofensa teria ocorrido, segundo a mulher, após ela cobrar dos profissionais do hospital a limpeza de uma sonda do filho que, de acordo com ela, estava com larvas. O caso ocorreu no domingo, dia 12, mas foi divulgado na segunda-feira (20).
Um dia depois da denúncia, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o médico foi afastado do trabalho. A Sesau disse ainda que foi aberto um processo administrativo disciplinar e que a suspensão preventiva do profissional vale por 30 dias. De acordo com o comunicado, será resguardado o direito à ampla defesa e do contraditório ao profissional de saúde.
Sobre a denúncia de infestação por baratas, esta reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do HGE e aguarda um posicionamento.