Vai ter chocolate sim! Seja preto, branco, amargo ou ao leite. Puro ou nas sobremesas, é difícil abrir mão de um docinho no dia a dia. Para quem sofre com alguma restrição alimentar, resistir ao sabor incomparável já é uma grande batalha. Mas, sem sombras de dúvidas, durante datas festivas, o desafio de aliar os prazeres das comemorações e a alimentação equilibrada é maior. Na Páscoa a oferta é grande, são corredores em supermercados, postagens nas redes sociais, amigos secretos. Mas as opções também são diversas, há alternativas para todos os gostos, bolsos e, acredite, para todas as restrições.
Quem segue um plano alimentar, buscando perder ou controlar o peso, não precisa abrir mão dos ovos de chocolate e outros doces tradicionais da Páscoa. Uma alternativa é o Ovo Fit. Ele é produzido com chocolate amargo, com alto teor de cacau e para o recheio, as opções são pasta de amendoim proteica, frutas e cereais.
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A doceira Cris Castro explica que a ideia de produzir um ovo de Páscoa fitness nasceu da necessidade de adaptar as guloseimas após uma cirurgia. "Já produzia doces e o ovos tradicionais, mas fiz uma cirurgia e fiquei sem pode consumir muitos alimentos. Então comecei a pensar em uma alternativa para não ter que abrir mão", conta. Com sugestões do filho, adepto da vida saudável e do universo fitness, Cris Castro começou a testar receitas funcionais. Para a Páscoa de 2017, o diferencial são os ovos com chocolate com 70% cacau. "Os clientes podem escolher os recheios, que são frutas secas, cristalizadas ou naturais. A pasta de amendoim proteica, os cereais. O mix de cereais, com castanha do Pará, castanha de caju, granola, uva- passa. Tem também os flocos de arroz e o ganhache, com chocolate com 70% de cacau e creme de leite ligth".
Sobre as vendas do Ovo Fit, a doceira diz que tem sido grande. "As pessoas estão procurando uma alimentação mais saudável. Tenho clientes médicas que estão encomendando para consumo e para presentear". Cris Castro explica que a maioria dos pedidos é feita por meio das redes sociais, no perfil @emporiodosdoces. Além dos ovos de colher, ela produz ovos fechados, tortas, brownies, pirulitos de coelhinho. Os valores dos produtos são entre R$ 15 e R$ 50.
Cris Castro explica que o grande diferencial da marca são os ingredientes de qualidade e o preço acessível. "Sempre gostei de cozinhar, mas encomendava os bolos para os aniversários da família. Até que comecei a achar muito caro e resolvi testar receitas para consumir em casa. E todo mundo acabou aprovando", conta. Foi quando os quatro filhos, cada um com uma sugestão, incentivaram a doceira a vender os produtos.
"Fiz cursos online, procuro me manter sempre conectada as novidades do mercado. Prezo por cada ingrediente escolhido, leio os rótulos, para oferecer aos clientes um produto de qualidade, mas sem explorar no preço", destaca.
Ovos Veganos
Para quem segue uma dieta vegana, encontrar lugares confiáveis e com produtos de qualidade nem sempre é fácil. Mas a falta de produtos sem alimentos de origem animal das compras dos tradicionais ovos de Páscoa não é mais um empecilho para degustar os doces do período. O mercado mudou e trouxe opções para ninguém ter que abrir mão. A chef Hew Barreto, que com a parceria de uma amiga fundo o delivery especializado em fast food vegan, o Amanita Veg, começou a produzir os ovos de Páscoa utilizando ingredientes sem origem animal há cinco anos. Adepta do veganismo, Hew conta que não encontrava os produtos para vender em Maceió.
"Comecei a fazer pra mim e passei a presentar alguns amigos. O pessoal foi vendo e aprovando o sabor. Acabou tendo uma procura para comprar e percebi a necessidade de começar a produzir", diz. A empresária explica que a diferença entre os sabores dos chocolates não é problema. Pra substituir os ingredientes de origem animal, as produções levam leite de soja, de coco ou de aveia e chantilly vegano.
A chef Hew, que tem a ajuda da mãe na confecção dos produtos, explica que a principal dificuldade em produzir os ovos de Páscoa e os doces é encontrar os ingredientes em Maceió. Em alguns momentos, é preciso buscar em outras cidades.
Mas ela destaca que a expectativa de vendas para 2017 está grande. "Registramos um aumento na procura. O pessoal começou a conhecer o chocolate vegano e perceberam que é saboroso. Também oferecemos outras opções não convencionais, que acaba ampliando as opções para os clientes", explica Hew.
Sem glúten e sem lactose
Quem tem intolerância à glúten ou lactose sabe como é difícil passar vontade. É preciso pesquisar, analisar rótulos, questionar garçons e vendedores, chegando a abrir mão de determinados alimentos. Nas datas festivas, as opções são ainda mais restritas. Buscando levar sempre alegria aos intolerantes, a confeitaria e bistrô SanGlu, a cada temporada de festas, investe em produzir os tradicionais pratos culinários livres de glúten e lactose.
A Páscoa 2017 vem recheada com os sabores brownie e ganache, brigadeiro, palha italiana, casadinho e Ninho com "Nutella" funcional. Para garantir o zero lactose e a segurança para os celíacos, a proprietária Débora Tigre explica que os ingredientes utilizados são chocolate meio amargo, leite condensado zero Lac, biomassa de banana verde, biscoitos, dentre outros.
"Primamos por utilizar bons ingredientes e acreditamos que a junção de um bom ingrediente, com as técnicas culinárias e o amor são a garantia de um resultado saboroso", explica. O sabor acaba agradando aos mais variados paladares e a procura pelos produtos é alta. As encomendas podem ser feitas na loja física, localizada na Ponta Verde, até a próxima quarta-feira (19). Os valores dos ovos de Páscoa são a partir de R$ 60.
Além dos ovos de chocolate, a confeitaria oferece doces e salgados sem glúten e lactose. A SanGlu surgiu quando Débora descobriu que o marido tem intolerância a glúten. Depois veio a necessidade de retirar o leite e os derivados da rotina ao descobrir que a filha tem alergia ao leite de vaca. Com curso, muito estudo e pesquisa, a empresária construiu uma cozinha livre de glúten e lactose, um cardápio recheado de opções e muito sabor para não deixar ninguém passar vontade.
Dicas da nutricionista
A nutricionista clínica e esportiva Jaynne Almeida explica que mesmo com ingredientes funcionais é preciso consumir com moderação. "O ideal é escolher um dia da Páscoa, no máximo dois, para o consumo. Pois quem tem restrições alimentares, independente de qual for a restrição, precisa manter uma dieta equilibrada. Pois em excesso, mesmo que com ingredientes especiais, o chocolate não deixa de ser um tipo de gordura e pode causar uma desordem no corpo".
Mas não é preciso abrir mão de um pedacinho do doce. É importante se permitir comer, mas com bom senso e consciente da quantidade que te satisfaz. "Não é preciso comer o ovo de colher inteiro, não precisa chutar o balde, comer até o momento em que o corpo se satisfez. Mas não precisa ser radical, há momentos em é preciso sair da rotina, comer o que tem vontade e relaxar, até para saber como o corpo reage".
Outra dica é ingerir bastante água para expelir todas as impurezas do corpo. Para a nutricionista as datas festivas, como a Páscoa, são momentos de relaxamento. Tudo é uma questão de satisfação com prudência. "Quando você entende que esse é o seu estilo de vida, que agora faz parte do seu dia a dia, deixa de ser trabalhoso e passa a ser natural", conclui a nutricionista.
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