O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), segue apostando na politização da operação Placebo, da qual foi alvo nesta terça-feira (26/05), como forma de defesa. Para o chefe do Executivo fluminense, não há provas contra ele e a operação foi articulada pelo grupo político do presidente Jair Bolsonaro. Em postagem no Twitter nesta noite, Witzel atacou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) com o caso da investigação sobre seu ex-assessor Fabrício Queiroz e lhe cobrou que abra seus sigilos à Justiça. Veja:
Mais cedo, o filho do presidente acusou o ex-aliado de crimes, mas negou ter informações privilegiadas.
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"É conversa de bar, todo mundo sabe o que você está fazendo", disse o parlamentar em transmissão ao vivo pelas redes sociais no início da tarde desta terça-feira (26/05).
Sempre sem citar provas, Flávio disse saber de irregularidades em "pelo menos meia dúzia de secretarias" e da existência de um suposto esquema de pagamento de propina por empresários para a liberação de restos a pagar de outros anos, dívidas do governo que ficam penduradas. "O estado quebrado e você foi lá raspar o osso", acusou Flávio.
"Mas não é informação privilegiada. É que eu ouço de todo mundo aqui no Rio, no cafezinho do Congresso", afirmou várias vezes o filho do presidente, antes de prever: "Essa operação é só o começo. Eu acho que demorou muito, porque já ouço que você está cometendo uma série de desvios há muito tempo".
Witzel respondeu algumas das acusações em entrevista ao canal CNN nesta noite e também atacou o ex-aliado. "O Flávio tá muito complicado na Justiça, muito mais complicado que eu", disparou o governador, "Porque tem depósito em espécie na conta dele", completou, referindo-se à investigação de suposto desvio de parte dos salários de servidores comissionados do então deputado estadual pelo Rio, comandando pelo então chefe de gabinete Fabrício Queiroz.