
Tem início nesta terça-feira (23), no Fórum de Penedo, o júri popular dos réus Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares, acusados de envolvimento no homicídio de Roberta Dias, ocorrido em 2012. À época, a jovem, de 18 anos, estava grávida de três meses.
O julgamento será conduzido pela 4ª Vara da Comarca de Penedo e presidido pelo juiz Lucas Dória. As sessões seguem até quinta-feira (25). O público pode acompanhar o júri, respeitando a capacidade do plenário. Para ter acesso ao local, é necessário realizar cadastro presencial no dia da sessão, a partir das 7h30.
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Por determinação judicial, não será permitida a gravação ou transmissão de imagens, vídeos ou áudios no interior do plenário, inclusive por profissionais da imprensa. O uso de celulares também está proibido durante as sessões. A cobertura oficial será feita exclusivamente pelos canais do Judiciário. A imprensa poderá permanecer nas áreas públicas do prédio do fórum, onde entrevistas e transmissões são autorizadas, desde que respeitados os direitos de imagem e a privacidade das partes envolvidas.
Relembre o caso
Roberta Dias desapareceu após sair de casa para uma consulta médica, em Penedo, no ano de 2012. Ela foi vista pela última vez em um ponto de ônibus, após sair de uma unidade de saúde. As investigações indicam que a jovem foi sequestrada, levada a um local deserto, asfixiada com um fio de som automotivo e enterrada em uma cova rasa. A ossada foi localizada em 2021, no município de Piaçabuçu.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido motivado por pressão para que a jovem interrompesse a gravidez. O pai do bebê, Saulo, e familiares dele, teriam insistido para que ela realizasse um aborto. Saulo e Karlo Bruno são apontados como os executores do crime. Mary Jane, mãe de Saulo, é acusada de ter participado do planejamento e financiamento da ação criminosa. Ela foi presa por 61 dias em 2013.
Em 2018, a Polícia Federal confirmou, por meio de laudo pericial, a autenticidade de um áudio em que Karlo Bruno admite envolvimento no crime, alegando que agiu a pedido de Saulo.
O caso segue agora em julgamento no Tribunal do Júri.