Foi enterrado no final da manhã desta quarta-feira (22) o corpo de Genildo José, 30 anos, conhecido como Gigante e presidente da maior da torcida organizada do CSA, a Mancha Azul. O sepultamento aconteceu no Memorial Parque Maceió, no Benedito Bentes, e contou com a presença de membros da agremiação.
Com camisas da torcida, bandeiras e sinalizadores na cor azul, torcedores do time acompanharam o cortejo cantando em coro. "Ei, Gigante, essa é para você! Quem é da Mancha nunca vai te esquecer", diziam eles, que, tocando percussão, também cantaram músicas conhecidas nos estádios.
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A diretoria da torcida organizada não quis falar a respeito da morte, que aconteceu na segunda-feira (20), na Rua Formosa, no bairro da Ponta Grossa. Na agremiação desde que foi fundada, um dos diretores, Marcelo Rocha, disse apenas que essa era uma perda grande. "Conhecia ele há dez anos, era uma boa pessoa".
Familiares mais próximos de Genildo, como o pai e o irmão, também não quiseram comentar o assassinato. Uma prima dele, Edijane Santos, ressaltou que a polícia ainda não informou aos parentes o andamento do caso. Ela apontou, porém, que eles esperam celeridade nas investigações.
O cortejo dos torcedores do CSA, que contou com dois ônibus, chegou ao cemitério escoltado pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e pela Força Tarefa.
Morte
Genildo foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira. De acordo com as autoridades policiais, ele conduzia uma moto quando foi perseguido pelos autores dos disparos, que também estavam em uma motocicleta. A vítima chegou a deixar o veículo e tentar correr a pé, mas acabou sendo atingida e morreu no local.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que o presidente da Mancha Azul é morto. O caso está sendo investigado pela delegada Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios de Capital, que informou àGazetawebhaver indicativo de autoria. A situação está sendo averiguada.
A delegada disse que o fato da vítima fazer parte de uma torcida organizada deve ser levado em consideração. "Nada pode ser descartado ainda. O fato dele ser líder de uma torcida é algo bastante relevante e isso a gente tem que considerar. Não que tenha algo que justifique isso, mas que merece atenção", explica.