Passado um mês do caso em que pássaros foram usados como "lembrancinhas" em festa de aniversário e quando as ativistas de ONGs de proteção animal foram recebidas com agressões por um pequeno grupo dos convidados da festa, o fato continua impune.
De acordo com uma das voluntárias, o caso tomou duas vertentes: uma diz respeito aos maus tratos para com os animais, que foi encaminhado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para a Polícia Civil; e a outra vertente é o caso das agressões físicas e insultos às voluntárias da ONG, situação que gerou uma queixa junto à Delegacia da Mulher.
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Quanto ao caso da violência às mulheres, os agressores foram chamados na delegacia para darem depoimento, mas não compareceram. Agora um inquérito policial foi aberto, as vítimas serão ouvidas novamente e o caso será encaminhado à justiça.
"São os famosos 'homens de bem', 'homens de família'. Quando a gente viu o caso da russa que foi humilhada por brasileiros, advogados, policiais, a gente lembrou muito da nossa situação, pois eles também eram os 'homens de família', 'homens de bem', 'não sabiam o que estavam fazendo direito', é sempre assim a conversa. No nosso caso não é diferente, pois são homens de famílias influentes e que já estão acostumados com a impunidade", disse uma das voluntárias, que prefere não ser identificada.
O caso
O caso inusitado ocorreu no dia 22 de maio, em frente a um salão de festas localizado na Avenida Rotary, em Maceió. Após a ONG, por meio de rede social, receber a denúncia de um dos convidados da festa quanto à 'lembrancinha', a qual tratava-se de gaiolas com periquitos sem água e comida, as ativistas da causa animal foram ao local na tentativa de evitar a situação.
No entanto, de acordo com as declarações e filmagens das voluntárias da ONG, parte dos convidados da festa foram agressivos com elas - três mulheres. As empurraram, as agrediram verbalmente e as ameaçaram.