A Argentina vai iniciar um processo para estender os prazos de vencimento de sua dívida com credores privados e decidiu renegociar o vencimento dos seus empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Hernan Lacunza, nesta quarta-feira (28).
As medidas buscam prorrogar os prazos da dívida de curto prazo nas mãos de investidores institucionais, os bônus emitidos sob legislação doméstica e estrangeira, sem reduzir seu capital nem os juros, acrescentou.
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"A prioridade hoje é garantir estabilidade porque é inútil lançar medidas de reativação se não houver estabilidade", afirmou Lacunza, em entrevista à imprensa.
Lacunza, que assumiu o cargo na semana passada, e o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, se reuniram nesta quarta com uma equipe do FMI que visita a Argentina.
A Argentina está em recessão e lida com uma inflação elevada. O país teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para pedir recursos emprestados - o país pediu mais de US$ 50 bilhões ao órgão.
O aumento do prazo vai permitir que o próximo presidente, que assumirá o comando do país em dezembro, após a eleição de outubro, possa "implantar suas políticas sem restringir os vencimentos da dívida iminentes ou muito altas", disse Lacunza.
O cenário econômico da Argentina passou por uma nova rodada de piora depois do resultado das prévias, com a vitória do candidato de oposição Alberto Fernández sobre Maurício Macri. A leitura do mercado é de que Fernández é menos comprometido com a agenda de reformas.