A agência cultural das Nações Unidasanunciou na terça-feira (2)a remoção do espaço oficialmente reconhecido como o local de nascimento de Jesus de sua Lista de Patrimônios da Humanidade em Perigo, graças a extensos trabalhos de restauração na Basílica da Natividade, em Belém, na Palestina.
Os evangelhos do Novo Testamento da Bíblia afirmam que Cristo nasceu em uma manjedoura em Belém, durante o reinado do rei Herodes. A natividade é a base das celebrações cristãs do Natal.
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Em encontro em Baku, no Azerbaijão, o Comitê de Patrimônios da Humanidade tomou sua decisão com base na alta qualidade de trabalhos realizados na basílica nos últimos anos, incluindo a restauração de seu teto, fachadas exteriores, mosaicos e portas.
O Comitê também elogiou a adoção de um plano de gestão para conservar o local e o arquivamento de um projeto para cavar um túnel sob a Praça da Manjedoura.
Na semana passada, arqueólogos descobriram dentro de uma pia batismal, o recipiente de água benta usado para o rito do batismo, uma pia ainda mais antiga, que remonta ao século 6 ou 7.
Desde o século 2, a basílica, situada a 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, tem sido identificada por cristãos como o local de nascimento de Cristo.
Embora o edifício construído em 339 E.C. tenha sido substituído após um incêndio no século 6, o elaborado piso de mosaicos foi mantido do prédio original.
O local oficial também inclui conventos e igrejas latinas, grego-ortodoxas, franciscanas e armênias, assim como torres de sinos, jardins com terraços e uma rota de peregrinação.
Inscrita na Lista de Patrimônios da Humanidade em 2012, a Basílica da Natividade foi simultaneamente acrescentada à Lista de Patrimônios da Humanidade em Perigo, por conta de seu mau estado.
Entre outros locais na lista, estão as antigas cidades sírias de Alepo, Bosra e Damasco, todas inscritas em 2013, e a "Cidade Marítima Mercantil de Liverpool", no Reino Unido - que consiste em seis pontos no centro da cidade, inscrita em 2012.
A Lista de Patrimônios da Humanidade em Perigo, composta por 54 propriedades, tem objetivo de alertar a comunidade internacional sobre ameaças às características originais pelas quais um local foi inicialmente inscrito na Lista de Patrimônios. Estas ameaças podem incluir conflitos armados, desastres naturais, urbanização não planejada, caça furtiva ou poluição.