Membros de uma organização criminosa acusada de atuar em fraudes ao seguro-desemprego no estado de Alagoas publicaram vídeos exibindo grande quantidade de dinheiro em uma festa. Segundo o delegado da Polícia Federal de Alagoas (PF/AL), Gustavo Gatto, o grupo pode ter movido cerca de R$ 200 mil com fraudes.
No vídeo divulgado pela PF, diversas pessoas se reúnem em uma festa e exibem para a câmera dinheiro possivelmente fruto dos esquemas de fraude articulado pelo grupo. Segundo informações de Gustavo Gatto, cerca de 20 pessoas podem estar envolvidas no esquema, quatro delas já foram presas.
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"A quadrilha atuava criando empresas fantasmas, depois falsificava a carteira de trabalho de terceiros, criava vínculo empregatício falso nessas empresas fantasmas e depois promovia a demissão desse trabalho, tudo isso visando receber o seguro-desemprego. Quatro pessoas foram presas e 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Existe o envolvimento de, pelo menos, 20 pessoas, sem envolvimentos de agentes públicos", contou.
O prejuízo causado pela quadrilha já chega a R$ 200 mil apenas de saques indevidos de seguro-desemprego. Todos os investigados moram em Maceió, especificamente na região do bairro de Fernão Velho, na parte alta da capital.
"São pessoas simples, com vínculo empregatícios de aproximadamente um salário ou nenhum emprego e nos vídeos elas aparecem ostentando milhares de reais em espécie", contou Gatto.
Operação Garapeiros
A Polícia Federal em Alagoas (PF/AL) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), na capital alagoana, a Operação Garapeiros, que investiga organização criminosa suspeita de atuar em fraudes ao seguro-desemprego no estado de Alagoas.
O inquérito policial foi instaurado em abril deste ano e, desde então, foram identificados significativos vínculos empregatícios fictícios com o objetivo de criar, artificiosamente, direito ao seguro-desemprego. As investigações contabilizam os prejuízos causados pela quadrilha aos cofres públicos.
Ao todo, quatro mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Federal em Alagoas, contra os principais envolvidos, além de 16 mandados de busca e apreensão e sequestros de bens e valores, todos na cidade de Maceió.