Servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Alagoas e familiares confidenciaram que o militar reformado da Aeronáutica Mauro dos Santos Rodrigues, que foi encontrado morto com várias facadas, dentro de um apartamento no bairro de Jatiúca, na tarde dessa quinta-feira (25), sofria de problemas psicológicos há bastante tempo. A depressão, segundo testemunhas, estava fora do controle, ao ponto de o militar falar sem coerência e sem concentração. A companheira dele, Ercília Domitila de Souza Gasquez também foi golpeada e estava afastada do trabalho para cuidar do parceiro. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.
A informação de que Mauro está depressivo era dita por Ercília aos colegas de trabalho. Ela é chefe do Setor de Magistrados do TRT e havia dito que o companheiro não estava conseguindo se recuperar da doença. Vizinhos do casal, no entanto, disseram não notar comportamentos diferentes e percebiam, apenas, um clima pacífico.
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Na tarde dessa quinta-feira, gritos desesperador do apartamento de número 102, do bloco F2, chamaram a atenção dos moradores. Ercília foi atingida por golpes de faca e Mauro foi encontrado morto dentro do imóvel com 24 golpes de faca concentrados na região do tórax e do pescoço.
A polícia, até ontem à noite, tinha duas versões para o fato. A primeira delas era a de, no momento da discussão, Mauro perdeu a cabeça, golpeou a mulher e, em seguida, se matou. Porém, não está descartado que ele atingiu Ercília e, depois, foi assassinado por ela. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
O delegado-coordenador da especializada, Fábio Costa, informou que, possivelmente, houve luta corporal entre o casal. As evidências são quase que claras, devido à maneira como os policiais e a perícia encontraram o interior do apartamento. Móveis e objetos estavam revirados e quebrados, além de ter muito sangue espalhado pela cozinha e pela sala. Há sinais de que os dois brigaram nesses dois ambientes.
O corpo de Mauro Rodrigues foi encontrado na sala, de bruços e perto de um travesseiro. Uma faca de cozinha, do tipo serra, foi encontrada ao lado do cadáver. Provas da cena do crime foram coletadas para serem analisadas, posteriormente, pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC). Os militares do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), acionados por vizinhos do prédio, tiveram que arrombar a fechadura da porta para ter acesso ao imóvel.
Ercília levou duas facadas (uma na região da jugular e outra na barriga). Ela passou por uma cirurgia em um hospital particular e está em recuperação já no quarto.
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